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Censura Livre

por Sérgio Rizzo

Perfil Sérgio Rizzo é jornalista, professor e crítico de cinema

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Pais e filhos: como aprender com as crianças a acreditar em fadas

Por srizzo
11/03/13 15:02

Neste relato da seção Pais e filhos, Ana Carmen Palhares, 45 anos, conta alguns casos de cinema que envolvem suas duas filhas — Clara, 12, cursando o sexto ano, e Mariana, 9, no quarto ano.

Aluna de doutorado em Estudos Culturais na Universidade do Minho, em Braga (Portugal), Ana Carmen explica a seguir por que acreditar em fadas se tornou um elo para a família.

Vamos à sua crônica de descobertas cinematográficas:

Clara, Ana Carmen e Mariana: o castelo ao fundo parece de cinema, mas é o de Póvoa do Lanhoso, pertinho da casa das três em Braga (Portugal)

Adoro cinema, sempre adorei. A telona, o escurinho, a pipoca… A evolução sonora e dos efeitos especiais, então, foram uma grande viagem dos últimos tempos cinéfilos.

Quando minha filha mais velha nasceu, a Clarinha, hoje com 12 anos, era a vez de o Harry Potter, bruxinho lindo e meigo, encantar-me e, em seguida, à Clarinha. Minha filhota era uma admiradora do pequeno bruxo e seus amigos, e da magia de Hogwarts. Seu sonho era ir à Inglaterra e conhecer o Harry. Colecionava cadernos, agendas, lápis e tudo o que era possível.

Ainda muito pequena começou a frequentar as salas de cinema e acompanhar as aventuras daquele menino inglês. No terceiro filme, “Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban” (2004), uma surpresa. O filme, muito dark, trazia à cena dementadores, lobisomem e um enorme cão negro com um brilho assustador no olhar. Pobre Clara, ficou assustadíssima, e até a pequena Mariana, que já acompanhava suas aventuras, gritou na sala do cinema.

Superado o medo, as crianças crescem e a magia de Harry ainda continua envolvente.

Emma Watson (Hermione), Rupert Grint (Ron) e Daniel Radcliffe (Harry) em “O Prisioneiro de Azkaban”: dementadores, lobisomem e um cão com brilho assustador no olhar

Mas nem só de telonas vivem os filmes e as aventuras das crianças. A telinha de casa também faz muito bem. O sofá, as almofadas, as crianças ao redor e um bom prato de brigadeiro. Perfeito.

Ainda da mágica Inglaterra, chega-nos o Peter Pan, menino lindo, de cabelos revoltos e que não queria deixar de ser criança. Outra paixão. Dessa vez foi a Mariana, agora com 9 anos, que se encantou pelo menino que voava e suas aventuras.

Estavam reunidos na casa da vovó, as netinhas e o priminho. Mariana com 3 anos, Clara com 6 e Gabriel com 9. A casa estava cheia. O filme continha magia e romance. Crianças a voar, piratas malvados, garotos perdidos, Peter, Wendy, Sininho… Aquele amor infantil, os sonhos. Ao final do filme o malvado Capitão Gancho prende a doce fadinha e Peter perde seus poderes. A sala emudece. A Sininho a sofrer, a perder sua força vital. As pessoas não mais acreditavam na magia das fadas. Que angústia! De repente alguém diz:

— Eu acredito em fadas, acredito!

E assim a Sininho foi recuperando as suas forças e as crianças encantadas voltavam a ter o seu poder. Na sala a garotada sorria, feliz e satisfeita com a força da magia do bem.

E foi aquela gritaria, Mariana, então com cerca de 3 anos, Clara, Gabriel… A casa inteira gritava e pulava com entusiasmo.

— Eu acredito em fadas, acredito! Acredito! Acredito!

Naquela noite, antes de dormir, Mariana me perguntou se eu acreditava em fadas. Com toda sinceridade respondi que sim. Como não acreditar num ser tão mágico que é capaz de trazer o sorriso de volta aos lábios de minhas filhas? E até hoje, quando queremos nos referir ao poder da magia e do encantamento, olho para elas e digo:

— Eu acredito em fadas, acredito, acredito!

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