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por Sérgio Rizzo

Perfil Sérgio Rizzo é jornalista, professor e crítico de cinema

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Cenas de infância: Marina Person e a magia do super-8

Por srizzo
05/08/13 11:21

Stan Laurel e Oliver Hardy, o Magro e o Gordo

Para diversas gerações, a magia do cinema foi apresentada em casa por sessões de filmes em super-8. O cardápio eram curtas e trechos ou versões condensadas de longas, como lembra a cineasta Marina Person no depoimento abaixo.

Filha do diretor Luiz Sérgio Person (“São Paulo S/A”, “O Caso dos Irmãos Naves”), a quem homenageou com o afetuoso documentário “Person” (2007), ela conta como foi que descobriu, anos depois, que havia mais filme por trás daqueles pequenos (e inesquecíveis, como se percebe) rompantes de cinema.

Vamos ao relato de Marina:

Eu fui criança numa época em que não existia videocassete, DVD, imagine Netflix. Nada de Telecine, Canal Brasil, ou HBO… Na verdade, até os 7 anos, nem TV em casa eu tinha. Bem, isso a tecnologia já permitia, mas a minha escola não. Esclareço: eu estudei na Waldorf, a escola antroposófica, em meados dos anos 1970, e a regra era clara: televisão, açúcar branco e comida industrializada, nem pensar!

É, não tinha TV. Em compensação, o que tínhamos eram pequeninos rolos de filmes super-8 que meus pais projetavam com o maior orgulho do mundo. Eram trechos pequenos de filmes como “Mary Poppins”, “Alice no País das Maravilhas”, “O Gordo e o Magro”, Charlie Chaplin…

Julie Andrews em “Mary Poppins” (1964)

O super -8 tem rolos de tamanhos limitados e uma lâmpada muito sensível, que queima por nada. As dificuldades que vinham com todo o charme daquelas projeções me fizeram valorizar muito aqueles momentos. Era tanta coisa que tinha que dar certo! A lâmpada não podia estar queimada, os rolinhos não podiam descarrilhar, a luz elétrica não podia faltar.

Luz elétrica? Ah, sim, me esqueci de contar esse detalhe: quando eu e minha irmã nascemos, meus pais concretizaram o sonho de viver no campo, perto da natureza, e nós nos mudamos para um sítio em Itapecerica da Serra, a 40 quilômetros de São Paulo. Lá moramos até meus 11 anos. E nesse nosso pequeno paraíso a luz elétrica era um luxo que muitas vezes nos faltava. Era uma chuva aqui, um poste que o vento derrubou ali, uma sobrecarga no vizinho… Enfim, não foram poucas as noites em que dormimos sem eletricidade na casa.

Bem, onde eu estava mesmo? Ah, nos filminhos… Pois é, foi só quando cresci e o videocassette apareceu que descobri que aqueles trechos de super-8 tinham um começo e um fim! Na minha cabeça de criança, os filmes eram aquilo ali e pronto. Confesso que achava um pouco estranho, mas gostava de todo jeito. E gosto até hoje.

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