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Censura Livre

por Sérgio Rizzo

Perfil Sérgio Rizzo é jornalista, professor e crítico de cinema

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No Rio, exposição traz animações premiadas

Por srizzo
25/03/13 18:03

Começa nesta terça-feira, dia 26, a terceira edição do File Games Rio. Dedicada à linguagem eletrônica e às conexões entre a cultura dos “games” e as artes, a exposição ocupará o Oi Futuro Flamengo até 28 de abril.

Prato cheio para pais e filhos antenados ao universo dos jogos interativos em plataformas eletrônicas (com destaque nesta edição para os tablets), a File Game Rio tem uma extensa programação.

No pacote, animações “que exploram a diversidade e propõem novas experiências”, selecionadas a partir de filmes exibidos pela edição anterior do File em São Paulo, em 2012, com a colaboração de festivais internacionais de animação.

Uma dessas animações é o curta “The Fantastic Flying Books of Mr. Morris”, de William Joyce e Brandon Oldenburg, que recebeu o Oscar em 2012.

Edição brasileira de “The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore”

No Brasil, a editora Rocco publicou a história que deu origem ao filme, escrita por William Joyce e ilustrada por Joyce e Joe Bluhm, com o título “Os Fantásticos Livros Voadores de Modesto Máximo”.

Serão exibidos também os vencedores do Oscar na mesma categoria em 2010 (o francês “Le Silence sous l’Écorce”/”The Silence Beneath the Bark”, de Joanna Lurie) e 2011 (o australiano “The Lost Thing”, de Andrew Ruhemann e Shaun Tan).

Clique aqui para assistir a “The Fantastic Flying Books of Mr. Morris”, aqui para ver “Le Silence sous l’Écorce” e aqui para assistir a “The Lost Thing”.

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No cinema, Xuxa foi a atriz brasileira mais popular dos últimos 40 anos

Por Folha
23/03/13 07:00

A “Folhinha” deste sábado publica uma entrevista de Louise Soares com Maria da Graça Meneghel, a Xuxa, que completará 50 anos de idade (como a própria “Folhinha” e também a Mônica, personagem de Maurício de Sousa) na próxima quarta-feira, dia 27.

Na entrevista, Xuxa atribui a diminuição do espaço ocupado pela programação infantil na TV aberta, nos últimos anos, à “necessidade do mercado”.

“Segundo alguns, (é) a evolução natural”, diz. “Mas não podemos ser radicais e simplesmente tirar as coisas feitas para crianças. Isso é muito ruim, porque o público infantil acaba consumindo programas que não são próprios para ele. Ou, então, a criança precisa fugir para a TV fechada e consumir ‘enlatados’ [programas importados].”

No cinema, a carreira de Xuxa inclui um célebre episódio: a estreia, nua, em “Amor Estranho Amor” (1982), de Walter Hugo Khouri, cuja circulação em vídeo no Brasil está proibida por decisão judicial.

Sergio Mallandro e Xuxa em “Lua de Cristal” (1990): mais de quatro milhões de ingressos

Por outro lado, ela é a atriz brasileira que atraiu o maior número de espectadores aos cinemas nos últimos 40 anos. Muita gente pode não gostar da informação, mas não há como contestá-la.

“Lua de Cristal” (1990), seu maior maior êxito de bilheteria, vendeu 4,178 milhões de ingressos e está em 21o. lugar no ranking de filmes nacionais mais vistos de 1970 a 2011 segundo a Ancine (Agência Nacional do Cinema).

Depois, vêm outros nove filmes que venderam mais de dois milhões de ingressos cada um:

– “A Princesa Xuxa e os Trapalhões” (1989), em 23o. no ranking, com 4,018 milhões.

– “Super Xuxa contra o Baixo Astral” (1988), em 48o., com 2,816 milhões.

– “Xuxa e os Duendes” (2001), em 53o., com 2,657 milhões.

– “Os Trapalhões e o Mágico de Oroz” (1984), em 62o., com 2,465 milhões.

– “Xuxa Popstar” (2000), em 66o., com 2,394 milhões.

– “Xuxa e os Duendes 2” (2002), em 71o., com 2,301 milhões.

– “Xuxa Abracadabra” (2003), em 74o., com 2,214 milhões.

– “O Trapalhão na Arca de Noé ” (1983), em 77o., com 2,181 milhões.

– “Xuxa Requebra” (1999), em 85o., com 2,074 milhões.

Nesses dez filmes, o público acumulado foi de 27,298 milhões — o equivalente a duas vezes e meia o público de “Tropa de Elite”, a maior bilheteria nacional do período 1970-2011.

E Xuxa fez outros sete longas infantis.

Diversos fatores explicam tamanho êxito. Um deles é a força da televisão no Brasil, arrastando para os cinemas milhões de pessoas que desejam rever seus ídolos da TV.

Outro fator, não se pode negar, é o carisma que Xuxa um dia teve, com seus cabelos loiros e olhos claros, entre crianças e adultos de diversas faixas sociais.

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"Carrossel" lidera ranking de DVDs

Por srizzo
21/03/13 16:48

Para acompanhar o sobe-e-desce do mercado infantil de vídeo doméstico, o blog começou a publicar na semana passada o ranking de filmes mais alugados na 2001 Vídeo. Clique aqui para ver os 10 mais de fevereiro.

Agora, começamos também a acompanhar mensalmente o ranking de vendas de DVDs da Livraria Cultura para identificar a presença de produtos infantis.

Logo de cara, uma constatação que permite notar a importância do nicho infantil: nos 10 mais de fevereiro, quatro são dirigidos a crianças.

A lista infantil começa pelo número 1 do ranking geral, “Carrossel – Vídeo Hits”, que traz 17 canções popularizadas pela telenovela do SBT, no ar desde maio do ano passado.

Depois, aparecem “Valente”, vencedor do Oscar de melhor longa de animação, em quinto lugar; “Monster High – Dois Filmes”, com “Por que os Monstros se Apaixonam” e “Os Pesadelos de Monster High”, em sétimo lugar; e “Galinha Pintadinha 3”, em nono lugar.

Assista na janela abaixo ao vídeo “Beijo, Beijinho, Beijão”, uma das canções de “Carrossel – Vídeo Hits”.


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Cenas de infância: Heitor Capuzzo, um macaco travesso e um pato valente

Por srizzo
18/03/13 14:13

Quando pedi ao professor Heitor Capuzzo que escrevesse um relato sobre um episódio de sua infância que envolveu o cinema, tinha certeza de que viria algo delicioso.

Homenageado no último dia 12 pela Nanyang Technological University (NTU), em Cingapura, com um prêmio de excelência em que os alunos são os eleitores, Heitor contagia quem o conhece com sua paixão pelo cinema.

Só não imaginava, no entanto, que ele me enviaria a reconstituição de uma jornada verdadeiramente extraordinária, de mais de 30 anos, em busca do primeiro filme a que assistiu na vida.

A seguir, a crônica em que ele nos conta essa aventura. Um minicurrículo de Heitor vem ao fim. Desfrutem.

A primeira vez a gente nunca esquece

Comigo tudo aconteceu no final da década de 1950. Claro que eu estava tenso, pois era a minha primeira vez. Naquela época, não era comum a um garoto de quase seis anos ter esse tipo de experiência. Precisei da companhia dos meus pais. Foram eles que escolheram o local, o dia e a hora. Foi à noite, num prédio enorme no bairro próximo a nossa casa. Havia filas para entrar.

Após conversar com uma mulher muito maquiada, através de uma janelinha com grades, papai voltou e entramos no prédio. Estava tudo à meia luz. Um perfume pouco discreto chamou a minha atenção. Uma música ambiente romântica emoldurava aquele lugar estranho com luzes coloridas. Nas paredes, fotos de pessoas fazendo tudo aquilo que eu ainda não havia experienciado, mas que estava agora prestes a conhecer. Alguns homens conversavam em rodinhas. As mulheres eram bem elegantes e contrastavam com as fotos das paredes onde as imagens eram de pessoas quase despidas. Eu estava definitivamente entrando no mundo dos prazeres adultos.

“New York Movie”, quadro de Edward Hopper: os mistérios adultos que se escondem em uma sala de cinema

Outra porta se abriu e todos entraram num imenso salão com muitas poltronas vazias. Homens uniformizados guiavam a todos com suas pequenas lanternas. O som da música ambiente ali era mais forte, assim como o perfume. A penumbra ainda envolvia aquele novo espaço onde uma enorme e iluminada cortina vermelha se destacava ao fundo.

Quando todos já se encontravam sentados, o som de um gongo anunciou o que ainda estava por vir. As luzes se apagaram e a cortina iluminada foi se abrindo lentamente ao alto som de uma nova música. Uma tela branca surgiu ao fundo, apresentando imagens em movimento. Não pude me conter com aquela inusitada experiência. Embora meus pais insistissem para que eu prestasse atenção ao que se passava na tela, minha curiosidade vasculhava os mínimos detalhes daquela experiência, até que descobri um facho de luz forte que vinha do fundo, saindo de uma minúscula janela. Perguntei a minha mãe o que era aquilo e ela me explicou serenamente: “É de lá que vem o filme.”

Fiquei muito intrigado. O que seria aquilo que ela chamava de filme, que precisava ficar isolado de todos nós, tentando escapulir por uma janela tão pequenina? Mal sabia eu que essa pergunta tão simples nunca seria totalmente respondida e que a busca dessa explicação iria me marcar para sempre.

O impacto daquelas imagens competia com a excitação que eu estava sentindo com todo aquele ritual. Por isso mesmo tenho poucas lembranças do conteúdo a que assisti. Mas uma série de imagens fragmentadas ficaram encravadas em minha memória. O filme principal situava-se numa pequena cidade habitada por animais. Galinhas, patos, coelhos, cachorros, gansos, raposas conviviam num cotidiano bem organizado e harmônico, até que um macaquinho travesso e maldoso começa a causar sérios problemas e tudo passa a ser destruído. Mas um patinho bem inteligente decide liderar um grupo de bichinhos em busca daquele vilão tão irresponsável.

Pôster norte-americano de “Une fée… pas comme les autres”

Na minha memória esse filme era estrelado por animais vivos. Passados uns dez anos (falando agora de 1969), quando comecei a levar a sério o cinema, anotando num caderno escolar todos os filmes, com datas, nome do diretor, ano de produção e um rudimentar critério de avaliação de três estrelas (copiado dos jornais que o papai assinava), resolvi pesquisar sobre aquele título que tanto marcara a minha primeira vez. Perguntei, então, aos meus professores, à minha família, aos meus colegas e amigos, e, com exceção da minha mãe – que confirmou ser o filme com animais e que eu não estava sendo traído pela minha incipiente memória –, nada mais encontrei que pudesse esclarecer minha frustrada busca.

Em 1980, comecei a escrever na imprensa, como crítico de cinema. Tive acesso a vários colegas a quem sempre admirei e, ao perguntar a eles sobre esse filme, ninguém soube me informar. Percebi que deveria ser algo muito obscuro e um dos criticos me disse que, talvez, se tratasse de uma das produções do leste europeu para crianças, possível de se encontrar esporadicamente no mercado exibidor brasileiro daquela época.

Em 1986, tive a oportunidade de lançar o meu primeiro livro, uma introdução ao cinema. Em seu lançamento, o chefe de vendas da editora veio me cumprimentar e, ao comentar sobre o livro, toquei no assunto do filme e, para minha surpresa, ele disse: “Esse filme foi exibido em São Paulo, no Cine República. Era dublado em português, e acredito que o título no Brasil era ‘No mundo das fadas’ – embora não tivesse nenhuma fada no filme. Você tem razão: era estrelado por animais vivos e não se tratava de animação em stop-motion.” Ele pensou um pouco mais e concluiu: “Acredito que era uma coprodução, envolvendo a Itália. No título original havia a palavra ‘paperino’, se não me engano”.

Bem, Paperino é como se chama o Pato Donald na Itália. Imaginem quantos filmes na Itália devem existir com a palavra “paperino”. Mesmo assim, com essas novas informações, voltei a consultar meus colegas críticos, cuja memória enciclopédica tanto resgatou a todos nós na imprensa (estou me referindo precisamente a Rubens Ewald Filho e Carlos M. Motta que, infalivelmente, foram o nosso Google naquela época). Mas realmente tratava-se de um filme obscuro e, mesmo com todas as informações extras, não foi possível esclarecer que produção era aquela.

O pato valente e um colega de aventura: nenhuma fada no elenco, apesar do título brasileiro

Em 2001, tive a oportunidade de ir a Los Angeles e conhecer a School of Cinematic Arts na University of Southern California. Perguntei aos professores de lá sobre o filme e, como era de se esperar, ninguém conhecia. Entretanto, a professora de História da Animação, Christine Panushka, indicou-me um livro sobre todas as animações de longa-metragem produzidas no mundo até a data daquela publicação. Um livro editado por John Halas, em 1977, intitulado “Full Length Animated Feature Films”.

De repente, uma luz veio ao túnel. Encontrei listada uma coprodução franco-italiana de 1956, intitulada “Une fée… pas comme les autres”, dirigida por Jean Tourane. Com letras bem pequenas, a ficha técnica indicava também o título na Itália: “Il paese de Paperino”. Acessei imediatamente a internet e encontrei uma revista francesa da área de Ciências Humanas que citava um artigo contendo uma sinopse do filme. Meus olhos brilharam quando percebi que se tratava de uma proeza técnica realizada com animais ao vivo, em que um valente patinho salva a cidade dos malefícios cometidos por um macaquinho invejoso. Lá estava ainda a informação de que, nos Estados Unidos, o filme se chamara “The Secret of Magic Island”. Pude verificar o cartaz e poucas imagens, mas restava a dúvida se aquela era mesmo a produção a que eu tinha assistido.

Minha única lembrança concreta, confirmada pela minha mãe, era uma sequência em que o travesso macaquinho entrava num salão de beleza, modificando o termostato dos secadores, enquanto as senhoras galinhas se embelezavam. Como resultado, os pescoços das esnobes galinhas ficavam com as penas queimadas.

O próximo passo seria encontrar o filme disponível em algum lugar. Bem, naquele momento, não pude vislumbrar nada que indicasse essa disponibilidade. Passaram-se meses e, numa das insistentes buscas, encontrei um título francês listado no acervo da biblioteca de uma renomada universidade em Taiwan. Foi tudo por mero acaso, pois a lista do acervo estava em mandarim; mas, por sorte, nos títulos estrangeiros, que eram poucos, manteve-se o original.

Escrevi, então, ao bibliotecário-chefe, sabendo da dificuldade que seria conseguir uma cópia. Algumas semanas depois, recebia uma elegante resposta, informando que ele providenciaria, sim, uma cópia que, no original, estava no suporte laserdisc proveniente do Japão. Ele ainda me disse algo inacreditável: se eu tivesse paciência, ele faria essa cópia em DVD, pois a biblioteca havia encomendado um gravador de DVD que, naquela época, era algo a ser ainda brevemente lançado no Japão. Claro que agradeci, confirmando que, depois de aguardar o acesso àquele filme por 32 anos, nada me custaria estender a ansiedade por algumas semanas.

E não é que, menos de um mês depois, um carteiro de Los Angeles bate à minha porta, entregando um pequeno envelope bem protegido. Abro-o e encontro um DVD-R proveniente de Taiwan com o título do filme impresso! Ligo o monitor e os créditos aparecem. Corro o tempo do filme mais rapidamente e chego à sequência do salão de beleza, com o macaquinho fazendo suas traquinagens… Tudo estava lá! Os fragmentos que minha memória havia registrado. Bem, aos poucos, o filme foi perdendo o foco, mas não por causa da qualidade da cópia ou do DVD: eram meus olhos umedecidos.

Capa de uma edição francesa em vídeo

Heitor Capuzzo é professor titular da School of Art, Design and Media da Nanyang Technological University (Cingapura). Foi também professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais e da State University of New York – University at Buffalo. Doutor em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com pós-doutorado na School of Cinematic Arts – University of Southern California, onde atuou como professor visitante. Dirigiu os curtas-metragens “Estranho Sorriso”, “Boa Noite” e “Pula Violeta”. Foi crítico de cinema do “Diário do Grande ABC”, entre 1980 e 1989. Publicou: “Cinema – a aventura do sonho”, “O cinema além da imaginação”, “Alfred Hitchcock: o cinema em construção”, “Lágrimas de luz”, além de organizar a coletânea “O cinema segundo a crítica paulista”.

* * *

Clique aqui para assistir ao trailer original norte-americano de “No Mundo das Fadas” (Une fée… pas comme les autres, 1957) e aqui para ver a sequência do cabeleireiro a que Heitor se refere.

 

 

 

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Onde ficam as TVs da sua casa?

Por srizzo
15/03/13 14:47

Com a popularização da TV, há mais de meio século, teve início um debate — que jamais se encerra — sobre a quem cabe decidir o que crianças e adolescentes podem assistir na programação.

Os mais liberais sustentam que a responsabilidade é dos pais, e que cada família deve resolver o assunto como bem entender.

“Hummmm… O que estaria passando agora na HBO?”

Muitos pensam, no entanto, que as emissoras devem se submeter a alguma espécie de regulamentação — o que já existe em diversos países, de acordo com modelos variados.

Brasília foi palco, na semana passada, de uma nova rodada de discussões em torno do tema, com  a realização do Seminário Internacional Infância e Comunicação: Direitos, Democracia e Desenvolvimento.

Uma das participantes, a psicóloga María Dolores Souza, diretora do Departamento de Pesquisa do Conselho Nacional de Televisão do Chile, trouxe os resultados de um estudo — concluído em setembro de 2012 — que ajuda a lembrar quais são os novos parâmetros dessa conversa.

Foram realizadas 400 entrevistas, com crianças e adolescentes de 9 a 16 anos, representando extratos sociais que, no Chile, são chamados de C1, C2, C3 e D — o equivalente, no Brasil, ao conjunto da classe média, da alta à baixa.

Nesse universo, 80% têm acesso à internet em casa e 75% à TV por assinatura, com números muito próximos em todos os segmentos econômicos.

Aparelho de TV no próprio quarto? 80%. E com acesso a canais pagos? 63%. Além disso, 43% dizem assistir à programação da TV em outras plataformas — computadores, celulares, tablets.

O estudo chileno — que você pode baixar clicando aqui — vai adiante, e identifica quais são os gêneros de programação que crianças e adolescentes costumam ver em companhia dos pais (noticiários em primeiro lugar), e quais são os que veem sozinhos, a maior parte do tempo em seu próprio quarto.

Outro dado importante: 47% afirmam que os pais não impõem limites ao consumo de TV. Eles podem assistir a quantas horas de programação quiserem.

Ao apresentar a pesquisa, María Dolores teve o objetivo de lembrar que o tema da regulamentação precisa ser discutido à luz desses novos hábitos, ou seja, a grande autonomia que crianças e adolescentes adquiriram, graças à expansão da tecnologia, para ver o que bem entendem, na hora em que desejarem.

E que a TV paga precisa ser incluída em um debate geralmente restrito aos canais abertos.

(Se você pensou em bloqueios de programação: eles podem ser burlados com a ajuda da internet.)

Clique aqui para ler o artigo de Carlos Castilho sobre o seminário, publicado nesta semana pelo “Observatório da Imprensa”. E aqui para ouvir uma entrevista de María Dolores à rádio Cooperativa, do Chile.

Na próxima segunda-feira, falarei sobre esse e outros temas relativos ao audiovisual e à educação de crianças e jovens em uma palestra no Cultura em Curso do Shopping Villa-Lobos, em São Paulo. Trarei depois um resumo da conversa para o blog.

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Última chamada para a Mostra de Florianópolis

Por srizzo
14/03/13 15:03

Atenção, realizadores de curtas para crianças: o prazo para inscrever seu trabalho na 12a. Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis se encerra na próxima quinta-feira, dia 21.

Mais importante fórum brasileiro de produção audiovisual para crianças, a mostra será realizada de 28 de junho a 14 de julho no Teatro Governador Pedro Ivo Campos, na capital catarinense.

Clique aqui para ler o regulamento e preencher a ficha de inscrição. O processo é inteiramente online.

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"Meu Malvado Favorito" lidera ranking de locação

Por srizzo
13/03/13 14:12

A partir desta semana, passo a dedicar espaço regular no blog ao mercado de vídeo doméstico, com listas e textos sobre lançamentos infantis em DVD e Blu-ray.

“Meu Malvado Favorito”: campeão de locações em fevereiro na 2001 Vídeo.

Começo com os 10 filmes infantis mais alugados em fevereiro na 2001 Vídeo, de São Paulo, que fornecerá, todo início de mês, a listagem do período anterior.

Em fevereiro, “Meu Malvado Favorito” conseguiu a proeza de bater “A Era do Gelo 4”, o que não é pouca coisa. E a série “Monster High” emplacou dois títulos na lista.

Já o Oscar de animação conquistado por “Valente”, aqui em quinto lugar, provavelmente ajudará o filme a subir no ranking em março.

Os “10 mais” de fevereiro:

1)  “Meu Malvado Favorito” (Despicable Me)

2)  “A Era do Gelo 4” (Ice Age: Continental Drift)

3)  “Monster High – Uma Festa de Arrepiar” (Monster High: Ghoul’s Rule!)

4)  “Madagascar 3 – Os Procurados” (Madagascar 3: Europe’s Most Wanted)

5)  “Valente” (Brave)

6)  “Tinker Bell – O Segredo das Fadas”  (Tinker Bell and the Great Fairy Rescue)

7)  “Operação Presente” (Arthur Christmas)

8)  “Hotel Transilvânia” (Hotel Transylvania)

9)  “Monster High” – DVD duplo com “Os Pesadelos de Monster High” (Friday Night Frights) e “Por que os Monstros se Apaixonam” (Why Do Ghouls Fall in Love?)

10) “O Lorax – Em Busca da Trúfula Perdida” (The Lorax)

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Pais e filhos: como aprender com as crianças a acreditar em fadas

Por srizzo
11/03/13 15:02

Neste relato da seção Pais e filhos, Ana Carmen Palhares, 45 anos, conta alguns casos de cinema que envolvem suas duas filhas — Clara, 12, cursando o sexto ano, e Mariana, 9, no quarto ano.

Aluna de doutorado em Estudos Culturais na Universidade do Minho, em Braga (Portugal), Ana Carmen explica a seguir por que acreditar em fadas se tornou um elo para a família.

Vamos à sua crônica de descobertas cinematográficas:

Clara, Ana Carmen e Mariana: o castelo ao fundo parece de cinema, mas é o de Póvoa do Lanhoso, pertinho da casa das três em Braga (Portugal)

Adoro cinema, sempre adorei. A telona, o escurinho, a pipoca… A evolução sonora e dos efeitos especiais, então, foram uma grande viagem dos últimos tempos cinéfilos.

Quando minha filha mais velha nasceu, a Clarinha, hoje com 12 anos, era a vez de o Harry Potter, bruxinho lindo e meigo, encantar-me e, em seguida, à Clarinha. Minha filhota era uma admiradora do pequeno bruxo e seus amigos, e da magia de Hogwarts. Seu sonho era ir à Inglaterra e conhecer o Harry. Colecionava cadernos, agendas, lápis e tudo o que era possível.

Ainda muito pequena começou a frequentar as salas de cinema e acompanhar as aventuras daquele menino inglês. No terceiro filme, “Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban” (2004), uma surpresa. O filme, muito dark, trazia à cena dementadores, lobisomem e um enorme cão negro com um brilho assustador no olhar. Pobre Clara, ficou assustadíssima, e até a pequena Mariana, que já acompanhava suas aventuras, gritou na sala do cinema.

Superado o medo, as crianças crescem e a magia de Harry ainda continua envolvente.

Emma Watson (Hermione), Rupert Grint (Ron) e Daniel Radcliffe (Harry) em “O Prisioneiro de Azkaban”: dementadores, lobisomem e um cão com brilho assustador no olhar

Mas nem só de telonas vivem os filmes e as aventuras das crianças. A telinha de casa também faz muito bem. O sofá, as almofadas, as crianças ao redor e um bom prato de brigadeiro. Perfeito.

Ainda da mágica Inglaterra, chega-nos o Peter Pan, menino lindo, de cabelos revoltos e que não queria deixar de ser criança. Outra paixão. Dessa vez foi a Mariana, agora com 9 anos, que se encantou pelo menino que voava e suas aventuras.

Estavam reunidos na casa da vovó, as netinhas e o priminho. Mariana com 3 anos, Clara com 6 e Gabriel com 9. A casa estava cheia. O filme continha magia e romance. Crianças a voar, piratas malvados, garotos perdidos, Peter, Wendy, Sininho… Aquele amor infantil, os sonhos. Ao final do filme o malvado Capitão Gancho prende a doce fadinha e Peter perde seus poderes. A sala emudece. A Sininho a sofrer, a perder sua força vital. As pessoas não mais acreditavam na magia das fadas. Que angústia! De repente alguém diz:

— Eu acredito em fadas, acredito!

E assim a Sininho foi recuperando as suas forças e as crianças encantadas voltavam a ter o seu poder. Na sala a garotada sorria, feliz e satisfeita com a força da magia do bem.

E foi aquela gritaria, Mariana, então com cerca de 3 anos, Clara, Gabriel… A casa inteira gritava e pulava com entusiasmo.

— Eu acredito em fadas, acredito! Acredito! Acredito!

Naquela noite, antes de dormir, Mariana me perguntou se eu acreditava em fadas. Com toda sinceridade respondi que sim. Como não acreditar num ser tão mágico que é capaz de trazer o sorriso de volta aos lábios de minhas filhas? E até hoje, quando queremos nos referir ao poder da magia e do encantamento, olho para elas e digo:

— Eu acredito em fadas, acredito, acredito!

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No cinema, Terra de Oz tem mais de 100 anos

Por srizzo
08/03/13 00:01

Com o lançamento de “Oz – Mágico e Poderoso”, a Folhinha deste sábado, dia 9, publica textos sobre o filme — assino um deles, sobre a contribuição do diretor Sam Raimi ao projeto — e o universo criado pelo escritor norte-americano L. Frank Baum (1856-1919).

Dorothy (Judy Garland) e seus amigos — o Espantalho (Ray Bolger), o Leão Covarde (Bert Lahr) e o Homem de Lata (Jack Haley) — na versão clássica de 1939

Quase 20 livros de Baum falam dos personagens da Terra de Oz. O primeiro foi publicado em 1900. Adaptações começaram a ser feitas nos anos seguintes e jamais pararam de sair do forno, no cinema e na TV.

Algumas das versões mais antigas, realizadas nas décadas de 1910 e 1920, podem ser vistas na edição especial de colecionador de “O Mágico de Oz” (1939), lançada em comemoração aos 70 anos do filme.

A seguir, o texto que escrevi para a Ilustrada, na edição de 2 de janeiro de 2010, sobre essa caixa especial com quatro DVDs:

Caixa com bons extras celebra 70 anos de “Oz”

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

Poucos de nós estaremos por aqui para conferir se haverá comemoração pelos 70 anos de “Avatar” ou de “Batman – O Cavaleiro das Trevas” com a mesma pompa dedicada aos de “O Mágico de Oz” (1939), relançado em “edição especial de colecionador” com quatro discos e um caprichado encarte de 54 páginas que faz a embalagem parecer um livro.

Capa norte-americana da edição especial de colecionador de “O Mágico de Oz” (1939)

Outro ilustre representante do “ano de ouro” de Hollywood, “E o Vento Levou”, ganhou também versão especial de formato semelhante, com cinco discos (o filme dura 238 minutos, contra 101 de “Oz”). Ambas celebram a perenidade da mais rentável e simbólica temporada da indústria cinematográfica norte-americana.

“No Tempo das Diligências”, “O Morro dos Ventos Uivantes”, “A Mulher Faz o Homem”, “Ninotchka” e “Adeus, Mr. Chips” foram outros títulos que disputaram o Oscar de melhor filme de 1939 com “E o Vento Levou” (o vencedor) e “Oz”.

Embora tenha perdido quatro posições no ranking de filmes do American Film Institute (foi de sexto, em 1998, para décimo, em 2007), “O Mágico de Oz” completou 70 anos como um fenômeno da cultura popular dos EUA. A fartura de extras da edição comemorativa ajuda a entender as razões.

A decisão de adaptar o primeiro dos livros de L. Frank Baum sobre Oz era arriscada até mesmo para a gigante Metro-Goldwyn-Mayer, que investiu US$ 2,6 milhões – “E o Vento Levou”, mais complexo e promissor, custou US$ 4,2 milhões – em um gênero, o filme de fantasia para famílias, ainda não formatado pela indústria.

Como registra um dos documentários sobre os bastidores, o “caótico processo criativo” imprimiu “confusão e perigo” às filmagens, conduzidas por diversos diretores. Victor Fleming (que assina também “E o Vento Levou”) é o único a aparecer nos créditos, mas Richard Thorpe, George Cukor e King Vidor passaram pela cadeira.

As inúmeras curiosidades reunidas nos extras falam dos bastidores (por exemplo: a sequência em que Judy Garland canta “Over the Rainbow” foi retirada em uma versão inicial porque “deixava o filme lento”, segundo produtores), trazem cenas de arquivo sobre as filmagens, trechos excluídos da montagem final e outras versões de “Oz”, como um longa de 1925 e uma animação de 1933.

* * *

Abaixo, quatro versões do universo de Oz.

O primeiro vídeo traz a íntegra (são apenas 13 minutos e meio) de “O Maravilhoso Mágico de Oz” (1910).

No segundo, o trecho do clássico de 1939 em que Dorothy (Judy Garland) interpreta “Somewhere Over the Rainbow”, uma das canções mais populares na história do cinema.

O terceiro mostra Michael Jackson (ele mesmo) como o Espantalho de “O Mágico Inesquecível” (1978).

E o quarto é o trailer original de “O Mundo Fantástico de Oz” (1985), sobre o traumático retorno de Dorothy (Fairuza Balk) à Terra de Oz depois de uma passagem por uma clínica psiquiátrica para tratar das sequelas da primeira jornada.


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Cenas de infância: Raquel Matsushita, "História sem Fim" e o medo que atrai

Por srizzo
06/03/13 16:01

Desta vez, as cenas de infância são lembradas pela designer e escritora Raquel Matsushita, cujas memórias — ainda muito vivas — da produção alemã “A História sem Fim” (1984) apontam para o prazer exercido pelo medo.

Autora de “Fundamentos Gráficos para um Design Consciente” (Musa Editora), ela está lançando o infantil “Eu (Não) Gosto de Você” (Jujuba Editora). A tarde de autógrafos em São Paulo será no próximo sábado, dia 9, das 15h às 18h, na Livraria da Vila (rua Fradique Coutinho, 915).

Vamos ao relato de Raquel:

Barret Oliver como o menino apaixonado pela leitura de “A História sem Fim”

O evento de assistir a um filme era muito simples na minha infância: se reduzia ao filme e pronto. Não precisava de sala escura, nem fechar a cortina, nem silêncio total. Nem a pipoca fazia falta. Era soltar o filme e começar a aventura. Quando assisti à “História sem Fim” (Die unendliche Geschichte, 1984) era criança, uns 10 anos, talvez. Por isso, não me lembro claramente das cenas e tampouco da história completa.

O que ficou foram as sensações. A melhor de todas, eu conto no final. Primeiro, vamos à mais assustadora: o medo dos monstros. Havia no filme vários monstrinhos que, no decorrer da história, não me amedrontavam tanto. Eu até que encarava numa boa, apesar do frio na barriga. Mas depois, quando o filme terminava e eu voltava pra minha vidinha real, surgia um medo terrível de me deparar com algum daqueles seres.

E o discurso de que “eles não existem” não adiantava. Eles existiam, sim, na minha cabeça. E assim, a fantasia do filme invadia a minha realidade: tinha medo de olhar pelo olho mágico da porta de entrada (alcançá-lo era uma façanha!) e enxergar lá um ser deformado, distorcido à la Escher; tinha medo de abrir as portas de cima do armário (também uma façanha, essa com ajuda do banquinho) e de lá saltar um monstrinho, que pularia bem em cima da minha cabeça.

Noah Hathaway como o menino dentro do livro de “A História sem Fim”

Com certa taquicardia, me certificava, todas as noites, de que não haveria nenhum monstro desavisado debaixo da minha cama, aguardando o momento exato para entrar em ação. Bem, esses eram os medos que esse filme me evocava. E o medo atrai… Eu via, revia, sentia e ressentia os medos.

E agora, para terminar num outro astral, como prometido, deixo o melhor pro final: a cena do menino voando montado no monstrão-peludo-do-bem, uma sensação maravilhosa de liberdade. Era quase como um sonho, deixar todos aqueles monstros pra trás e flutuar pelo céu seguro.

O cabelo grande do menino e os pelos do monstrão ao vento se tornavam meus. Era minha aquela aventura. Lembro de sentir o mesmo que o menino, com o vento em meu rosto: era a transformação! O poder de sair de um lugar e seguir para outro, por escolha própria. Afinal, não é assim a vida?

Recordar todas essas sensações me traz hoje a vontade de rever o filme em companhia da minha filha de 9 anos. Sim, a vida é cíclica, numa espiral crescente.

* * *

Assista ao trailer de “A História sem Fim”, dirigido por Wolfgang Petersen (“Na Linha de Fogo”, “Troia”) e baseado em romance de Michael Ende:


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