Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Censura Livre

por Sérgio Rizzo

Perfil Sérgio Rizzo é jornalista, professor e crítico de cinema

Perfil completo

Alô, skatistas: os "Detonadores" estão chegando

Por srizzo
14/02/13 19:59

Cuidado: vêm aí os “Detonadores”

Se você é skatista, ou tem um filho skatista, provavelmente já ouviu falar do norte-americano Rob Dyrdek.

Skatista profissional, 38 anos, ele se tornou celebridade nos EUA por ter participado de “reality shows” na TV.

Hoje, Dyrdek mantém um pequeno império no setor de entretenimento, que você pode conhecer clicando aqui, e uma fundação que usa a prática do skate como ferramenta para o desenvolvimento social (clique aqui para saber como funciona).

Ídolo também de crianças, ele criou o seriado de animação “Wild Grinders”, que está chegando ao Brasil com o título “Detonadores”.

A estreia será na próxima segunda-feira, dia 18, às 19h45, no canal pago Gloob. O pacote reúne 52 episódios de 13 minutos.

Como se pode imaginar, “Detonadores” conta as aventuras de um grupo de crianças skatistas. O líder da turma é Lil’Rob, sempre acompanhado pelo buldogue Meaty.

Clique aqui para navegar pela página de “Detonadores” no web site do Gloob. Ali, você encontra informações sobre os personagens, atividades e vídeos de apresentação, já dublados em português.

Abaixo, um episódio completo, no original em inglês (para treinar o ouvido e depois comparar com a dublagem):


YouTube Direkt

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Cenas de infância: Alexandre Sayad, Jerry Lewis e "O Professor Aloprado"

Por srizzo
13/02/13 16:19

Jerry Lewis e Stella Stevens em “O Professor Aloprado”

Autor do livro “Idade Mídia – A Comunicação Reinventada na Escola” (Ed. Aleph), com o qual tive o prazer de colaborar, o jornalista e educador Alexandre Le Voci Sayad, secretário-executivo da Rede CEP (Rede de Experiências em Comunicação, Educação e Participação), recorda neste post algumas de suas cenas de infância.

Habituado a desenvolver projetos de comunicação com crianças e adolescentes, inclusive documentários de curta-metragem, ele volta aqui aos tempos de menino para falar de Maria Clara Machado no cinema, “E.T.” e, principalmente, Jerry Lewis.

Vamos ao depoimento de Alexandre:

Emoções muito fortes traziam enxaquecas como conseqüência para mim, quando criança. Um mal hereditário. Por isso, demorei a encarar filmes que poderiam trazer à tona sentimentos mais profundos em forma de choro, por exemplo. “O Cavalinho Azul” (1984), adaptado de Maria Clara Machado, foi o primeiro a me mostrar isso.

Minha cabeça quase explodiu quando eu assisti a “E.T – O Extraterrestre” (1982); demorei a entender ficção científica e até hoje passo longe de filmes de terror.

Jerry Lewis foi meu primeiro ídolo, de fato. E  “O Professor Aloprado” (The Nutty Professor, 1963) abriu as portas do cinema, de alguma maneira me levou à literatura (quando li “Dr. Jekyll and Mr. Hyde”, no Brasil “O Médico e o Monstro”), mas também me provou que “remakes” podem transformar um clássico numa porcaria (como o “The Nutty Professor” de Eddie Muphy, de 1996, também lançado no Brasil como “O Professor Aloprado”, dirigido por Tom Shadyac e, prefiro esquecer, coproduzido por Lewis).

Nunca achei que Lewis fizesse somente pastelão (“slapstick”, como ele é categorizado). As trapalhadas eram o que menos me encantava; o enredo em si, os bonés dos atores e as caras e bocas me chamavam a atenção, ainda criança. O carisma de Buddy Love, o galã irresistível no qual o professor Julius Kelp se transformara após tomar o tônico mágico, era engraçado até de boca fechada.

Não só em “Nutty Professor”, mas em todos os filmes da época de Lewis, o ambiente promissor norte-americano dos anos 1960 era a grande estrela. Lembro de ficar impressionado como tudo parecia simples e organizado no filme; todos tinham uma bela casa, uma secretária no trabalho e as ruas eram limpas e belas. Então, sempre entrava Jerry Lewis destruindo (literalmente) tudo, bagunçando aquela ordem, o que me faz gargalhar até hoje.

Olhando em retrospectiva, é justamente a simplicidade da história, do humor e do pano de fundo que faziam um garoto que sofria de enxaqueca amar esse filme.

* * *

As duas versões de “O Professor Aloprado” mencionadas por Alexandre estão disponíveis em DVD no Brasil. Nesta quinta-feira, dia 14, às 7h, e também no próximo dia 20, à 1h30, o canal pago Fox exibe “O Professor Aloprado 2: a Família Klump” (2000), continuação da refilmagem com Eddie Murphy.

Abaixo, o trailer original da versão com Jerry Lewis:


YouTube DirektTrailer de “O Professor Aloprado” (1963)

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Os leitores que ganharam ingressos para ver "As Aventuras de Tadeo"

Por srizzo
12/02/13 10:21

Terminou a promoção do blog que distribuiu 10 pares de ingressos para ver “As Aventuras de Tadeo” (cortesia da distribuidora Paramount).

Todos vão receber os ingressos em casa:

Ana Carolina Campos (Rio de Janeiro)

Claudio Gonçalves (Guarulhos)

Ilza dos Santos Pereira (Rio de Janeiro)

João Roberto Braz (São Paulo)

Julio Cesar Afaz (São Paulo)

Larissa Povidaiko (Guarulhos)

Maria Dilma Cavalcante (São Paulo)

Patricia Cavalcante (São Paulo)

Patricia Ribeiro de Mendonça (Osasco)

Regina Soares (São Paulo)

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Um bate-papo com Enrique Gato. E ingressos gratuitos para ver "As Aventuras de Tadeo"

Por srizzo
09/02/13 01:26

Conversei por e-mail com o espanhol Enrique Gato, diretor de “As Aventuras de Tadeo” (Las Aventuras de Tadeo Jones), que estreou ontem, dia 8, nos cinemas brasileiros (clique aqui para ler o texto que a Folhinha publica sobre essa movimentada e divertida paródia a Indiana Jones).

As Aventuras de Tadeo

O diretor Enrique Gato com seu personagem: várias camadas narrativas para despertar interesse em crianças e adultos

Quantos anos durou a produção e qual foi o orçamento? Quantos profissionais foram envolvidos?

No total, foram quatro anos de trabalho, com mais de 200 pessoas trabalhando nos picos de produção, durante os últimos meses de desenvolvimento do filme. O orçamento foi de aproximadamente 10 milhões de euros.

[Nota do blogueiro: o valor equivale a cerca de R$ 26,3 milhões pelo câmbio de sexta-feira; o orçamento do longa-metragem de animação com a personagem Tainá, que o produtor Pedro Rovai planeja realizar em breve, é de R$ 11 milhões.]

A simpatia do personagem tem muito a ver com sua característica de anti-heroi, ou seja, uma espécie de Indiana Jones ao avesso. Quais os princípios usados por vocês para construir o personagem e suas aventuras?

Estava convencido de que deveria ser um personagem branco, que fosse agradável para todos e, especialmente, que fosse alguém com quem qualquer um poderia se identificar facilmente. Mas, por outro lado, sabia também que precisava ser alguém que não titubeasse quando tivesse que tomar uma atitude. Fazer dele um trabalhador de construção civil, acostumado a escalar andaimes, foi uma boa solução para dar conta de todas essas intenções.

O caráter universal da história facilita a circulação internacional do filme, mas vocês não tiveram receio de descaracterizar o protagonista como um personagem hispânico? E quais os cuidados tomados para direcionar o filme a toda a família, e não apenas a crianças?

Fizemos muitas pesquisas para nos assegurar de que todos os personagens eram coerentes com as suas características, fossem eles hispânicos ou não. Houve também muita pesquisa relacionada ao Peru e a todo universo inca. Eu quis estar totalmente seguro de que respeitávamos todas as questões culturais básicas. Além disso, conseguir que o filme pudesse ser voltado para toda a família é uma questão de criar várias camadas narrativas, cada uma delas direcionada a um setor do público. Adultos vão apreciar coisas como os diálogos mais complexos ou as cenas de ação, e as crianças vão ficar com as brincadeiras dos animais de estimação.

* * *

A distribuidora Paramount oferece gentilmente aos leitores do blog dez pares de ingressos para ver “As Aventuras de Tadeo”. Eles são válidos de segunda a quinta-feira (exceto feriados) em qualquer cinema onde o filme esteja em cartaz.

Para concorrer, envie um e-mail para srizzojr@uol.com.br, mencione a promoção e informe o seu endereço completo. Os autores das dez primeiras mensagens receberão os ingressos em casa.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Diretora, produtor e elenco falam sobre "Tainá". O próximo será uma animação

Por srizzo
09/02/13 01:24
Wiranu Tembé

A índia Wiranu Tembé, estrela de “Tainá – A Origem”

“Tainá – A Origem”, o terceiro longa-metragem protagonizado pela índia da Amazônia que se tornou um sucesso entre crianças (e também entre muitos pais), entrou em cartaz ontem, dia 8.

A Folhinha deste sábado — que sai dentro da Ilustrada — publica texto que escrevi sobre o filme (clique aqui para ler).

Já o site da Folhinha traz uma versão compacta das entrevistas em vídeo que fiz com a diretora do filme, Rosane Svartman, com os atores Wiranu Tembé, Igor Ozzy e Beatriz Noskoski, e com o preparador de elenco Claudio Barros.

Clique aqui para assistir ao vídeo.

* * *

Para completar o pacote, leia abaixo entrevista que fiz no final de janeiro com o produtor Pedro Rovai, que planeja rodar em breve o quarto filme com a personagem Tainá. Desta vez, será um longa-metragem de animação em 3D, orçado em R$ 11 milhões.

Por que não temos no Brasil uma produção infantil (ou para a família) regular, capaz de disputar o mercado interno com os filmes estrangeiros e formar público para o cinema nacional?

O nicho ocupado pelo filme infantil no Brasil em 2012 foi de 30% a 35%. É um mercado extraordinário. Mas, nesses 30% ou 35%, os filmes brasileiros corresponderam a menos de 1%. Uma participação ínfima. Essa participação só foi maior na época de ouro dos Trapalhões e da Xuxa, que vinham da TV. Não tinha filme alternativo, dissonante, que abrisse novas perspectivas e caminhos. Era aquele rame-rame, muito apoiado em uma linguagem televisiva, em uma maneira televisiva de abordar cinema. Mas eram um sucesso. Houve filme dos Trapalhões que fez 6 milhões de espectadores. [Nota do blogueiro: “O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão”, de 1977, o maior êxito do grupo, teve bilheteria oficial de 5,7 milhões de espectadores.]

Deveria haver uma política de Estado. Nos países escandinavos, 25% da verba destinada ao cinema nos diferentes guichês vai para a produção do cinema infantil. Eles têm a clareza de que a formação de plateia é fundamental para a sobrevivência do cinema nacional. Aqui, você liga a TV e os desenhos são quase todos estrangeiros. Criou-se nos últimos anos uma cultura cruel, perversa, de que não há possibilidade senão a de ver determinados filmes. Fica difícil não ver “Madagascar”, “A Era do Gelo 4”. É um massacre, mas graças à competência deles. Temos uma deficiência muito grande.

Além de não termos um olhar especial, específico, para o cinema infantil, muito menos uma postura diferenciada do Estado, existe uma concorrência muito grande de custos. Imagine concorrer, por exemplo, com filmes de efeitos especiais. Dificilmente você vê um filme infantil sem esse apelo. E aí o Brasil não tem essa tecnologia, caríssima. E, se tivesse o dinheiro, não tem a técnica.

Por outro lado, você não tem a “expertise” sobre a mecânica do roteiro do filme infantil, do juvenil e do infanto-juvenil. O filme brasileiro tem a tendência de usar um tatibitati nos diálogos, como quando você encontra o vizinho com o bebê no colo e tenta conversar com ele. Mas o público infantil é o mais exigente de todos. Se crianças não gostam do que veem, levantam da poltrona e saem da sala para brincar no corredor, comprar pipoca, ir ao banheiro.

Você precisa ter elementos lúdicos, capazes de encantar. Aventura, brincadeira. Nos filmes americanos, a maioria dos diálogos é para os adultos. Os pais ficam deliciados com diálogos inteligentes. Outro dia ouvi em um filme infantil um personagem dizer “E agora, vamos ao plano B”. Criança não entende “plano B”, mas o pai gosta. A carpintaria do roteiro infantil é muito mais complexa, como a de um relógio suíço, com uma peça ligada à outra, e não pode falhar. Não é um cinema menor, é um cinema mais complicado.

E o cinema infantil é vital para a existência do próprio cinema. Eu me lembro de quando fui pela primeira vez ao cinema, para ver um filme com o Oscarito. Morri de rir e nunca mais deixei de ir ao cinema. É o caminho da criança seduzida pelo cinema. Você nunca mais deixa de ir ao cinema.

Qual a sua expectativa em relação ao desempenho de “Tainá – A Origem” nos cinemas?

A estimativa mais pessimista é de que fará 500 mil espectadores. A estimativa “conservadora otimista” é de 800 mil. A “realista, mas com certa esperança”, é de 1 milhão ou mais. O filme comporta esse público. É o mais atraente dos três, o melhor dos “Tainá”. A reação do público nas pré-estreias foi extraordinária. Nenhuma criança sai do cinema, elas ficam cantando a música do Carlinhos Brown.

Muitas mães choravam ao final das sessões. Chegavam até nós com crianças de 2, 3 anos, e diziam “estou orgulhosa, é o primeiro filme que o meu filho viu no cinema”. Mas bilheteria é jogo de roleta. Nunca se sabe. É preciso ter um pouco de sorte, com a meteorologia e as mães não-carnavalescas nos ajudando.

A saga de Tainá vai continuar?

Decidi partir para a animação em 3D. Temos um roteiro muito bem encaminhado. Os bichos e a Tainazinha já estão no “work in progress”, como muitos gostam de dizer. A base é muito boa. Como é que não tem filme brasileiro em 3D? Precisamos cumprir cota de tela e quase todos os cinemas dentro de alguns anos serão digitais.

Nosso orçamento é de R$ 11 milhões. [Nota do blogueiro: “Tainá – A Origem” custou cerca de R$ 10 milhões.] A história é muito bonita. É a história da Amazônia, com o deus da chuva sequestrado pelo deus do mal. E aí para de chover, começa a seca. A floresta verdejante começa a ficar amarela. Todos os animais estão desnorteados. O núcleo da Tainá vai tentar salvar a floresta.

Estamos muito avançados no roteiro. Muitos incidentes engraçados, pequenas subtramas. Estamos esperançosos com esse desenho. Se a gente acertar a mão e der um toque de originalidade, não fizer só o feijão com arroz, se tiver lirismo e poesia, teremos um produto internacional.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Cenas de infância: Patricia Durães e "A Noviça Rebelde" no Cine Palácio, do Rio

Por srizzo
04/02/13 18:33

Nesta seção do blog, Cenas de Infância, quero trazer depoimentos de adultos sobre filmes, seriados ou personagens do audiovisual que os marcaram quando crianças.

Inauguro o espaço com a educadora, distribuidora e exibidora Patricia Durães, grande incentivadora da produção infantil no Brasil, responsável pelos projetos Escola no Cinema e Clube do Professor, entre outros.

Vamos ao que nos conta Patricia:

Certamente “A Noviça Rebelde” (The Sound of Music, 1965), de Robert Wise, não foi o primeiro filme que vi na infância mas, sem sombra de dúvida, foi o filme que marcou o início da minha paixão pelo cinema.

A Noviça Rebelde

Julie Andrews à frente do elenco de crianças de “A Noviça Rebelde”

Lembro claramente a sessão no Cine Palácio, na Cinelândia, no Rio de Janeiro. Aquele cinema dos anos 1920, imenso e belo, estava lotado. Lembro que sentei ao lado de minha irmã na escada do segundo mezanino, eu com oito anos e Raquel, com dez. Ficamos completamente arrebatadas pelas imagens iniciais. Era uma sensação de voo através das tomadas aéreas em plano aberto. Estar no local mais alto da sala fez toda a diferença. Nosso ponto de vista era de cima para baixo, como um mergulho no verde intenso das montanhas. Começava em um silêncio total e, pouco a pouco, o som do ambiente era captado até iniciar a orquestração e a canção de abertura.

As canções e as coreografias foram outro encantamento. Ficamos tão enlouquecidas que durante muitos meses criamos espetáculos com a criançada da vizinhança para cantar e dançar as músicas do filme — e como tinha criança no bairro onde morávamos!!!

Por causa das minhas aulas de balé, eu já tinha o costume de sair caminhando nas ruas imaginando a música e o cenário de um musical. Por muito tempo fui Maria cantando “I Have Confidence in Me”, saltando e batendo os meus pés de um lado e do outro como na coreografia da personagem.

Voltamos ao mesmo Cine Palácio para rever a história da família Von Trapp inúmeras vezes e, desde então, não perdíamos um musical em estreia. Esse foi meu gênero preferido na infância.

* * *

Abaixo, o texto que escrevi para a Ilustrada sobre “A Noviça Rebelde”, na edição impressa de 26 de março de 2006, por ocasião do lançamento no Brasil, em DVD, de uma edição restaurada do filme.

“Noviça Rebelde” volta com pacote de extras

Recém-lançada no Brasil, edição especial restaurada celebra as quatro décadas do clássico dirigido por Robert Wise

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

O norte-americano Robert Wise (1914-2005) montou “Cidadão Kane” (1941) e codirigiu “Amor, Sublime Amor” (1961). Qual foi o título recorrente de seus obituários? “Morre o diretor de ‘A Noviça Rebelde’.” E morreu quando se celebravam os 40 anos de lançamento do maior sucesso de bilheteria na história do musical, com edição especial em DVD, que sai agora no Brasil.
No primeiro disco, a versão restaurada do filme — que pode ser acompanhada por comentários de Wise, em uma das opções de áudio, e de Julie Andrews, Christopher Plummer e mais três atores, em outra. O segundo disco traz tanto material quanto o próprio longa-metragem (que dura quase três horas).
Tratamento caprichado para um fenômeno de popularidade, fruto da conjugação entre o argumento romântico — uma noviça vai trabalhar como governanta dos sete filhos de um viúvo e se apaixona por ele –, a lapidação do libreto original feita pelo roteirista Ernest Lehman (“Intriga Internacional”) e a trilha composta por Richard Rodgers e Oscar Hammerstein, com destaque para a canção-título, “The Sound of Music”.
A taxa de açúcar do filme já é elevada, mas seria ainda maior, conta Andrews, se ela, Plummer e Lehman não conspirassem juntos para suavizar o tom meloso da montagem da Broadway. A árvore genealógica do projeto, aliás, é reconstituída em detalhes. Houve uma jovem que foi cuidar de sete órfãos cantores e se casou com o pai deles. Sua história deu origem ao longa alemão “A Família Trapp” (1956).
As locações da versão americana, no entanto, foram na região de Salzburgo, o que incrementa ainda hoje o turismo — a mansão que serviu de cenário recebe 100 mil visitantes por ano. O som das caixas registradoras continua a se misturar com o som da música. Um dos depoimentos dos extras atribui a razão do sucesso à fórmula “The Rocky Horror Picture Show com Prozac”. Estava mesmo à frente do seu tempo.

* * *

Assista ao (longo) trailer original do filme, de 1965:


E, aqui, o elenco — reunido 45 anos depois por um programa norte-americano de TV:


Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Em breve, nos cinemas

Por srizzo
01/02/13 01:46
Titeuf

Cena da animação francesa “Titeuf”

Confira abaixo os próximos lançamentos infantis ou infanto-juvenis nos cinemas brasileiros, de acordo com o calendário do Filme B. Voltarei a eles quando entrarem em cartaz.

Três desses filmes — todos muito atraentes para crianças, cada um à sua maneira — vão disputar a atenção das famílias a partir da próxima sexta-feira, dia 8, véspera de Carnaval e com boa parte das salas ocupada pelos candidatos ao Oscar, sem falar no retorno às aulas.

8 de fevereiro

“As Aventuras de Tadeo” (Las aventuras de Tadeo Jones, 2012)

Animação espanhola sobre um jovem pedreiro que sonha ser arqueólogo desde criança e, por causa de uma confusão, se envolve em uma busca a um tesouro inca no Peru.

Clique aqui para assistir ao trailer.

“Monstros S.A. 3D” (Monsters Inc 3D, 2013)

Relançamento, agora em 3D, do longa-metragem de animação da Pixar lançado em 2001. O curta “For the Birds” (2000) também será exibido nas sessões.

Clique aqui para assistir ao trailer.

“Tainá, a Origem” (2012)

Terceiro longa com a índia da Amazônia, desta vez interpretada pela estreante Wiranu Tembé, recrutada pela equipe do filme, aos 5 anos, em uma aldeia do Pará.

Clique aqui para assistir ao trailer.

22 de fevereiro

“O Reino Gelado” (The Snow Queen, 2012)

Animação russa em 3D sobre uma menina que enfrenta a Rainha da Neve para evitar que a Terra seja congelada.

Clique aqui para assistir ao trailer.

15 ou 22 de fevereiro

“Titeuf”  (Titeuf, le Film, 2011)

Animação francesa sobre um personagem popular dos quadrinhos, que lembra uma versão europeia do “Diário de um Banana”.

Clique aqui para assistir ao trailer.

8 de março

“Oz, Mágico e Poderoso” (Oz, The Great and Powerful, 2013)

O diretor Sam Raimi (“Homem-Aranha”) assina essa superprodução da Disney que mostra a chegada do mágico (James Franco) a Oz.

Clique aqui para assistir ao trailer.

22 de março

“Os Croods” (The Croods, 2013)

Animação da Dreamworks em 3D sobre um homem das cavernas em busca de um novo lar para a família.

Clique aqui para assistir ao trailer.

29 de março

“Jack – O Matador de Gigantes” (Jack the Giant Slayer, 2012)

Superprodução dirigida por Bryan Singer (“X-Men”), em 3D, com o personagem de “João e o Pé de Feijão” atravessando um portal que o leva a uma terra de gigantes.

Clique aqui para assistir ao trailer.

“Meu Pé de Laranja-lima” (2012)

Versão do livro de José Mauro de Vasconcelos (1920-1984), clássico da literatura infanto-juvenil brasileira publicado em 1968 e lido por diversas gerações.

Clique aqui para assistir a cenas das filmagens.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Uma lista de melhores filmes, com "Toy Story" em primeiro lugar. E em segundo também

Por srizzo
01/02/13 01:23
Toy Story 2

“Toy Story 2”: líder no ranking do Rotten Tomatoes

O site norte-americano de cinema Rotten Tomatoes oferece uma lista de melhores filmes para crianças e para a família, usando como referência o seu medidor de críticas publicadas na mídia (o “tomatometer”).

Nos casos em que o índice de aprovação era o mesmo, o critério de desempate foi o número de críticas mapeadas pelo site.

O líder do ranking, “Toy Story 2”, alcança no medidor 100% de aprovação, com base em uma nota média de 8,6 (em uma escala de zero a dez).

Deixe a matemática de lado.

O maior interesse da lista talvez seja o de entender para onde aponta um certo gosto médio norte-americano na produção de cinema para a família. Gosto que nos alcança, pois essa produção entra no Brasil como se estivesse em casa.

A lista abaixo termina na 20a. posição, mas o ranking do Rotten Tomatoes relaciona 100 filmes.

Chamo a sua atenção para duas inclusões estrangeiras dignas de aplausos:

– “As Calças Erradas” (1993), o segundo curta-metragem com os personagens Wallace e Gromit, criados pelo estúdio inglês de animação de massinha Aardman (o mesmo dos longas “A Fuga das Galinhas” e “Piratas Pirados!”);

–  “O Serviço de Entregas da Kiki” (1989), do mestre japonês Hayao Miyazaki (diretor de “A Viagem de Chihiro” e “O Castelo Animado”).

Repare também no conceito expandido de “filme para a família” que possibilita a inclusão do drama histórico shakespeariano “Henrique V”, na versão de Laurence Olivier.

1. “Toy Story 2” (idem, 1999)

2. “Toy Story” (idem, 1995)

3. “Mary Poppins” (idem, 1964)

4. “Pinóquio” (Pinocchio, 1940)

5. “Agora Seremos Felizes” (Meet me in St. Louis, 1944)

6. “Wallace & Gromit: As Calças Erradas” (Wallace & Gromit in The Wrong Trousers, 1993)

7. “Henrique V” (Henry V, 1944)

8. “A Mocidade é Assim Mesmo” (National Velvet, 1944)

9. “O Ladrão de Bagdá” (The Thief of Bagdad, 1940)

10. “O Serviço de Entregas da Kiki” (Majo no takkyûbin, 1989)

11. “Convenção das Bruxas” (The Witches, 1990)

12. “How the Grinch Stole Christmas” (1966) *

13. “Toy Story 3” (2010)

14. “Procurando Nemo 3D” (2012)

15. “O Mágico de Oz” (The Wizard of Oz, 1939)

16. “Up – Altas Aventuras” (Up, 2009)

17. “Como Treinar o seu Dragão” (How to Train Your Dragon, 2010)

18. “E.T. – O Extraterrestre” (E.T. The Extra-Terrestrial, 1982)

19. “Babe – O Porquinho Atrapalhado” (Babe, 1995)

20. “Uma Cilada para Roger Rabbit” (Who Framed Roger Rabbit, 1988)

* Curta de animação feito para a TV, baseado no livro de Dr. Seuss. Não confundir com a versão para cinema de 2000, com Jim Carrey.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Três, dois, um...

Por srizzo
01/02/13 01:18

No ar.

Passo a ocupar este espaço na blogosfera da “Folha” para falar, como o título Censura Livre sugere, de produção audiovisual infantil.

A pauta é extensa.

Os filmes produzidos para cinema e a programação da TV correspondem à maior fatia do bolo, mas quero me ocupar também da circulação de imagens e sons para crianças em outros meios, como sites da internet, tablets e telefones celulares.

Além da produção dirigida a crianças, caberá falar do que as crianças veem mesmo que não tenha sido feito exclusivamente para elas (como os “filmes para a família”, no jargão norte-americano), e do que as crianças produzem.

Graças à tecnologia digital, e sobretudo em escolas, existe hoje um universo muito rico, divertido e revelador, em que crianças brincam de “fazer cinema”. Vale a pena explorá-lo e contribuir para divulgá-lo.

Conexões entre o audiovisual e a educação entram naturalmente nessa pauta, bem como a produção de cinema e TV que promove alguma espécie de reflexão sobre a infância, ainda que voltada para adultos.

Não quero, entretanto, que o Censura Livre seja uma tribuna só para adultos. Longe disso. Buscar o que as crianças pensam a respeito do que veem é um dos objetivos.

Se algo do que foi acima descrito tem a ver com seus interesses, puxe uma cadeira e participe da conversa. Na área de comentários ou por e-mail, como preferir.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
Posts seguintes
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailsrizzojr@uol.com.br
  • Twitter@sergiorizzo

Buscar

Busca

Categorias

  • Cenas de infância
  • Cinema
  • DVD
  • Educação
  • Entrevistas
  • Festivais
  • Internet
  • Jogos
  • Listas
  • Livros
  • Pais e filhos
  • Televisão
  • Uncategorized
  • Vídeo
  • Recent posts Censura Livre
  1. 1

    Pebolim de alta tecnologia. E argentina

  2. 2

    Turma do Tikuntá estreia novo clipe

  3. 3

    Crianças de Chicago vibram com curta brasileiro

  4. 4

    Games for Change chega a São Paulo

  5. 5

    Novo Peter Pan estreia na segunda

SEE PREVIOUS POSTS

Tags

abreu animação Argentina Brichos campanella carrico chaplin cinema comkids dedé didi disney doutorado dvd educação escola festival filhos florianópolis folhinha fox games for change gloob infância internet jogos meu malvado favorito meu pé monstros mussum NUPA O Gordo e o Magro palhaço petermann professor ralph reino escondido saldanha stop-motion tainá televisão trapalhões unicamp williams zacarias
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).