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Censura Livre

por Sérgio Rizzo

Perfil Sérgio Rizzo é jornalista, professor e crítico de cinema

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Cenas de infância: Katia Machado e "O Pequeno Príncipe" na origem de "Meu Pé de Laranja Lima"

Por srizzo
17/04/13 19:46

A produtora Katia Machado viverá nesta sexta-feira um dia muito especial: chegará aos cinemas “Meu Pé de Laranja Lima”, a nova versão do romance de José Mauro de Vasconcelos, projeto que ela começou a desenvolver em 2005.

Mas, como Katia lembra no depoimento abaixo, a semente do filme foi plantada em sua cabeça (e em seu coração) muito antes que ela imaginasse se tornar uma profissional de cinema.

Vamos ao relato de Katia:

Steven Warner no papel-título de “O Pequeno Príncipe” (1974)

“O Pequeno Príncipe” (The Little Prince, 1974), de Stanley Donen,  foi o primeiro filme que vi nos cinemas. Havia a poesia e o lúdico, havia o piloto de avião, o céu estrelado e o deserto – o imenso e belo deserto onde tudo era possível! Havia aquele menino lindo, que era também eu, e seus lindos textos.

Chorei com Gene Wilder e seus grandes olhos azuis interpretando  “Closer and Closer and Closer”, e fiquei encantada com a coreografia de Bob Fosse, que me levou a sair do balé clássico para o explorar o moderno. Vivi uma grande experiência sensorial e saí de lá amando os filmes, a fantasia e os livros. O que eu não podia imaginar, por ser tão criança, é que aquele filme teria uma repercussão forte na minha vida pessoal e profissional.

Certamente esse filme despertou em mim o criativo, “a curiosidade” pela imagem e bem mais tarde o entendimento de que a qualidade de um texto é incontornável para o sucesso de um filme, mesmo quando esse não é tão bem realizado.

Tenho na minha cinemateca muitos filmes adaptados de obras literárias com personagens infantis. São na maioria das vezes filmes muito poéticos. Quando montei a minha produtora lembrei-me que tínhamos o Zezé, do livro “Meu Pé de Laranja Lima”, de José Mauro de Vasconcelos. Uma criança , que se refugia nos seus sonhos e vai tecendo em torno de si e de nós uma teia protetora. Um personagem brasileiro com uma dimensão imaginativa excepcionalmente sensível.”

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"Crash & Bernstein" estreia no próximo sábado

Por srizzo
15/04/13 14:39

O canal pago Disney XD promove no próximo sábado, dia 20, às 14h, a estreia da série de humor “Crash & Bernstein”.

Nos EUA, a primeira temporada começou em outubro do ano passado. Até agora, foram produzidos 23 episódios de meia hora cada um.

Na velha (e ótima) tradição de “Vila Sésamo”, programa de TV clássico para diversas gerações, os atores da série contracenam com um boneco.

O menino Wyatt (Cole Jensen) e o fantoche Crash (Tim Lagasse), os “irmãos” da série “Crash & Bernstein”

O fantoche em questão é Crash, que se torna o melhor amigo do menino Wyatt Bernstein, 12 anos (interpretado por Cole Jensen).

Wyatt vive com a mãe (Mary Birdsong) e as três irmãs — duas mais velhas, Amanda (Oana Gregory) e Cleo (Landry Bender), e a caçula de 6 anos, Jasmine (Mckenna Grace).

Ele tem ainda um amigo, Pesto (Aaron Landon), mas é claro que sente falta de companhia masculina em casa.

Crash entra na história para ser uma espécie de “irmão” de Wyatt — companheiro de aventuras (e de ocasionais desavenças), e também uma presença cuidadora.

O criador de “Crash & Bernstein” é Eric Friedman, o mesmo de “Uma Banda Lá em Casa” e “Austin & Ally”, ambos exibidos pelo Disney Channel.

Para ter um aperitivo da série: clique aqui para conhecer o elenco em um clipe de autoapresentação, aqui para assistir a uma entrevista com o agitado Crash (Tim Lagasse) e aqui para ver um trecho do segundo episódio, que dá uma pequena ideia das situações de humor vividas pelos “irmãos”.

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João Guilherme, o ator de "Meu Pé", acha que o filme deveria ser "livre"

Por srizzo
12/04/13 17:45

Conversei nesta sexta-feira à tarde com o ator João Guilherme Ávila, 11 anos, que interpreta o papel de Zezé na nova adaptação para cinema de “Meu Pé de Laranja Lima”.

Baseado no romance de José Mauro de Vasconcelos, o filme entrará em cartaz no próximo dia 19. A classificação indicativa é 10 anos.

João Guilherme Ávila, que interpreta Zezé em “Meu Pé de Laranja Lima”: para ele, o filme deveria ter classificação indicativa “livre”. (Foto: Camila Botelho)

Escrevi um artigo sobre “Meu Pé” na edição de abril da revista “Cult”, que está nas bancas. Ouvi a produtora e idealizadora do filme, Katia Machado. Segundo ela, quem vê o filme costuma ficar “tristemente feliz”.

É uma ótima maneira de definir a sensação provocada pela história, que se inspira na infância do próprio José Mauro (1920-1984).

Nesta semana, a equipe da “Folhinha” assistiu ao filme e lançou a pergunta: é para crianças? A colunista Clarice Reichstul, que escreve o blog “Cafuné”, contou o que sentiu ao ver o filme.

Perguntei ao João Guilherme o que ele acha disso, e a resposta veio na lata: “Para mim, o filme seria livre. É um filme feito com crianças, sobre a vida de uma criança. Não vejo nenhum problema.”

Quando ele começou a fazer “Meu Pé”, tinha 9 anos. Ou seja: pela classificação indicativa, o filme não seria adequado naquele momento para ele.

A entrevista com o João Guilherme sairá na “Folhinha” do dia 20. Voltarei ao filme aqui no blog também.

Para pais e educadores interessados por dúvidas como essa, se um determinado filme é para crianças ou não, sugiro conferir alguns dos depoimentos que tenho recolhido neste blog para as seções Cenas de Infância e Pais e Filhos.

Luiz Bolognesi e Selma Perez, por exemplo, contam episódios de família que ajudam a entender por que, quando se trata do que os filhos podem ou devem ver (e vivenciar), em cada cabeça mora uma sentença.

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"Procurando Nemo", a melhor animação dos últimos 10 anos?

Por srizzo
10/04/13 14:46

A edição de abril da revista “Monet” — que traz a programação dos pacotes de canais da Net — comemora seus 10 anos com 10 listas variadas de “melhores” desse período.

Duas delas, em especial, dizem respeito à produção para crianças e adolescentes: os melhores longas de animação e os “cartoons que estouraram” nos últimos 10 anos.

“Procurando Nemo” (2003): segundo a revista “Monet”, o melhor longa de animação dos últimos 10 anos

Na primeira, o número 1 foi “Procurando Nemo” (2003). A segunda foi encabeçada por “American Dad!” (2005).

Abaixo, as duas listas.

Entre os longas de animação, existe ao menos uma omissão difícil de engolir: a do mestre japonês Hayao Miyazaki, que nos últimos 10 anos realizou dois filmes notáveis, “O Castelo Animado” (2004) e “Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar” (2008).

Dos 10 que foram apontados pela “Monet”, meu preferido é “Wall-E” (2008).

Já a segunda lista é ainda mais sujeita a esquecimentos e preferências pessoais, uma vez que a produção de séries de animação para a TV é vasta e cada espectador tende a se concentrar no que mais lhe interessa.

Longas de animação

1) “Procurando Nemo” (2003)

2) “Os Incríveis” (2004)

3) “Wallace & Gromit – A Batalha dos Vegetais” (2005)

4) “Mary e Max: Uma Amizade Diferente” (2009)

5) “Up – Altas Aventuras” (2009)

6) “Ratatouille” (2007)

7) “Valente” (2012)

8) “Wall-E” (2008)

9) “Persepolis” (2009)

10) “Toy Story 3” (2010)

Cartoons

“American Dad!”: para a revista “Monet”, a melhor série animada de TV dos últimos 10 anos

1) “American Dad!” (2005)

2) “A Mansão Foster para Amigos Imaginários” (2004)

3) “Ben 10” (2005)

4) “O Acampamento de Lazlo” (2005)

5) “Avatar – A Lenda de Aang” (2008)

6) “Fullmetal Alchemist” (2003)

7) “Bleach” (2004)

8) “Backyardigans” (2004)

9) “Hora de Aventura” (2010)

10) “Star Wars: Clone Wars” (2008)

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Pais e filhos: de "A Viagem de Chihiro" a "Os Sete Samurais"

Por srizzo
08/04/13 15:19

Aos 2 anos, você quer sair do cinema, chorando, com medo do que acontece com os pais da protagonista do filme. Aos 12, você está pedindo um clássico japonês ao atendente da videolocadora.

O “você” dessa história é o palmeirense Guilherme, 12 anos, filho mais velho da jornalista, diretora, roteirista e montadora Selma Perez, 43.

Autora do livro de contos “Quem Dera Ter Tempo” (2011), Selma abre nesta quarta-feira, dia 10, às 18h, a instalação e exposição de fotos “Casa Vazia” no espaço Casa Pássaro (Rua Girassol, 174, São Paulo).

No relato abaixo, ela conta como apresentou o cinema ao Guilherme e como a tal magia da sala escura o assustou. Anos mais tarde, final feliz:

Pôster da animação japonesa “A Viagem de Chihiro” (2001), de Hayao Miyazaki

Adoro cinema! Mesmo em tempos de TV a cabo, Netflix, Youtube, Vimeo etc., continuo frequentando as salas de cinemas uma ou duas vezes por semana.  Claro que, quando meu primeiro filho nasceu, pensava no momento em que poderia dividir com ele a experiência da salona escura. Quando ele fez dois anos, “A Viagem de Chihiro” (2001) entrou em cartaz. A vontade que eu tinha de assistir ao filme e, ao mesmo tempo, o desejo de levá-lo pra conhecer aquele mundo encantado do cinema não me deixaram perceber que ainda era cedo. Ao menos para aquele tipo de filme. Ao menos para o meu filho Guilherme.

O fato é que, na época, talvez a ansiedade tenha sido maior e fomos eu, meu marido e Guilherme assistir a “Chihiro”. Ele estranhou o lugar, como a maioria das crianças, mas logo sossegou e começou a prestar atenção no filme. Não parecia gostar nem desgostar, até que os pais de Chihiro são transformados em grandes porcos ao comerem em uma das casas daquele mundo fantasmagórico, onde os seres humanos não eram benvindos. Ele começou a chorar e pediu pra sair do cinema. Saímos e ele disse que não gostou de ver os pais da menina virarem porcos. Nem a minha tentativa de explicar que no final eles voltariam a ser os pais novamente surtiu algum efeito. Ele não gostou e pronto!

Resolvemos então esperar algum tempo. Dois anos mais tarde, fomos assistir a “Procurando Nemo” (2003). A cena se repetiu, e assim que o pai se perdeu do filho, choradeira e pedido pra sair. Vendo tantas crianças menores do que ele na sala, ficou a sensação de que talvez Guilherme não fosse compartilhar do nosso gosto pelo cinema. Claro que não foi nada disso. Cada um tem uma sensação e uma relação bem diferente com o cinema. No caso do Gui, o tempo foi passando, e ele foi descobrindo as histórias que o atraem, foi desenvolvendo e refinando seu gosto pelos filmes – ficção e documentários. Enfim, ele foi descobrindo a magia do cinema a seu modo.

“Os Sete Samurais” (1954), de Akira Kurosawa

Hoje, aos 12 anos, já freqüenta os cinemas com os amigos e busca seus próprios filmes na videolocadora ou na internet. Da última vez que alugamos filmes, qual não foi minha surpresa quando Guilherme perguntou ao atendente se ele tinha “Os Sete Samurais” (1954). Vendo a idade do garoto ali na sua frente, o moço foi logo dizendo: “Mas isso é Kurosawa, garoto!” E Gui respondeu: “Eu sei, eu quero ver o original, porque acabei de assistir ‘Sete Homens e um Destino’, que é a refilmagem”. Assistimos em casa, todos juntos, ao filme de Kurosawa que, segundo Guilherme, é muito melhor do que as versões que vieram depois. E quem vai contestar? Gosto é gosto.

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"O Mágico de Oz" por Pink Floyd no MIS e infantis no Festival Sesc

Por srizzo
04/04/13 14:14

Dois bons programas para crianças e adultos no próximo domingo, dia 7, em São Paulo:

* * *

“Valente”, Oscar de melhor longa de animação: domingo no Festival Sesc Melhores do Ano

O Festival Sesc Melhores do Ano terá início nesta sexta-feira, dia 5. No domingo, como parte da programação do CineClubinho, serão exibidos os longas de animação “Valente”, às 11h, e “A Origem dos Guardiões”, às 14h30.

Realizado há 39 anos, o festival exibe os melhores filmes do ano anterior de acordo com votos da crítica e também do público que frequenta o CineSesc (rua Augusta, 2.075, tel. 3087-0500).

* * *

A Sessão Cinematographo do Museu da Imagem e do Som (MIS) fará, no domingo, três apresentações de “O Mágico de Oz” (1939) com acompanhamento musical ao vivo da banda Pink Floyd Cover SP, formada por Márcio Baravelli (vocal e guitarra), Paulo Madio (baixo), Luiz Fernando Gil (guitarra), José Luiz Rapolli (bateria) e Raphael Massarente (teclado e vocal).

A banda executará o álbum “The Dark Side of the Moon”, que, como sabem os fãs do Pink Floyd, tem uma extraordinária sincronia com o filme. Os ingressos para as sessões das 15h e das 17h30 já estão esgotados, mas haverá uma sessão extra, às 20h, com venda de ingressos a partir de 13h de domingo no próprio MIS (avenida Europa, 158, tel. 2117-4777), a R$ 10 e R$ 5 (meia).

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"A Origem dos Guardiões" assume liderança do ranking de locação

Por srizzo
02/04/13 12:00

“Meu Malvado Favorito”, que liderou o ranking de locação de filmes infantis em fevereiro de acordo com levantamento da 2001 Vídeo, de São Paulo, caiu em março para o quarto lugar.

Depois de arrecadar US$ 12,4 milhões nos cinemas brasileiros (de um total de US$ 303,5 milhões em todo o mundo), “A Origem dos Guardiões” repete o bom desempenho em vídeo

O primeiro posto foi assumido por outro longa de animação, “A Origem dos Guardiões”, com um velho conhecido logo atrás: “O Rei Leão”.

E o Oscar de melhor longa de animação deu combustível a “Valente”, que subiu do quinto para o terceiro lugar.

A seguir, os “10 mais” de março. O número depois do título refere-se à posição no mês anterior.

1) “A Origem dos Guardiões” (Rise of the Guardians) [-]

2) “O Rei Leão” (The Lion King) [-]

3) “Valente” (Brave) [5]

4) “Meu Malvado Favorito” (Despicable Me) [1]

5) “Monstros S.A.” (Monsters, Inc.) [-]

6) “Hotel Transilvânia” (Hotel Transylvania) [8]

7) “A Era do Gelo 4” (Ice Age: Continental Drift) [2]

8) “Madagascar 3 – Os Procurados” (Madagascar 3: Europe’s Most Wanted) [4]

9) “O Lorax – Em Busca da Trúfula Perdida” (The Lorax) [10]

10) “Tinker Bell – O Segredo das Fadas”  (Tinker Bell and the Great Fairy Rescue) [6]

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Cinema gratuito para crianças e jovens

Por srizzo
01/04/13 12:59

Começa nesta segunda-feira, dia 1o., a 13a. edição do programa Ultragaz Cultural, que promove sessões gratuitas de cinema para crianças e jovens.

Na abertura, a carreta usada pelo programa ficará estacionada, hoje e amanhã, na praça Benedito Ramos Rodrigues, em Ermelino Matarazzo (São Paulo).

Depois, o cinema itinerante passará por mais 21 cidades. O roteiro não vai do Oiapoque ao Chuí, mas terá como extremos Caxias do Sul (RS) e Castanhal (PA). Dá quase na mesma.

Drew Barrymore bate um papo com uma baleia amiga em “O Grande Milagre”, na programação da carreta-cinema do Ultragaz Cultural

Os espectadores — alunos de escolas públicas e pessoas assistidas por entidades filantrópicas, na maioria — assistem a filmes de graça, e ganham pipoca e refrigerante.

A seleção de 2013 reúne seis filmes estrangeiros e dois brasileiros.

O pacote internacional traz cinco animações (“A Era do Gelo 4”, “Madagascar 3: Os Procurados”, “A Origem dos Guardiões”, “Valente” e “SeeFood: Um Peixe Fora D’Água”) e “O Grande Milagre”. Todos têm classificação indicativa livre.

Os brasileiros são “O Palhaço” (classificação indicativa: 10 anos) e “Gonzaga – De Pai pra Filho” (12 anos).

O roteiro da carreta de abril a junho:

1 e 2/4 – São Paulo

5 e 6/4 – São Vicente (SP)

8 e 9/4 – Ponta Grossa (PR)

11 e 12/4 – Blumenau (SC)

15 e 16/4 – Caxias do Sul (RS)

19 e 20/4 – Marília (SP)

22 e 23/4 – Três Lagoas (MS)

26 e 27/4 – Várzea Grande (MT)

2 e 3/5 – Aparecida de Goiânia (GO)

9 e 10/5 – Castanhal (PA)

13 e 14/5 – Caxias (MA)

16 e 17/5 – Picos (PI)

20 e 21/5 – Juazeiro do Norte (CE)

24 e 25/5 – Parnamirim  (RN)

27 e 28/5 – João Pessoa (PB)

3 e 4/6 – Recife (PE)

6 e 7/6 – Palmeira dos Índios (AL)

10 e 11/6 – Itabaiana (SE)

14 e 15/6 – Teixeira de Freitas (BA)

17 e 18/6 – Governador Valadares (MG)

20 e 21/6 – Cachoeira do Itapemirim (ES)

24 e 25/6 – Macaé (RJ)

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Raphael Rossatto, a voz de Guy, nasceu no circo, canta, dubla e atua

Por srizzo
29/03/13 12:18

Raphael Rossatto ao lado de Braço, o fiel companheiro de Guy em “Os Croods”

A “Folhinha” deste sábado publica uma página sobre o longa de animação “Os Croods”, em cartaz no Brasil. Na versão dublada em português, o jovem e esperto Guy — que encanta a adolescente Eep e mexe com a rotina de sua família — ganha a voz de Raphael Rossatto, 25 anos.

A seguir, um bate-papo em que Raphael fala da experiência (ainda breve) como dublador, das origens circenses de sua família e de sua carreira como ator, cantor e instrumentista.

O trabalho de dublagem tem a ver com a busca de uma voz que se pareça com a original? Em “Os Croods”, por exemplo, a voz do Guy foi interpretada na versão original por Ryan Reynolds.

Tem a ver, sim. Principalmente quando é animação. E, dependendo do cliente, temos que fazer a voz mais parecida possível. No caso de “Os Croods”, precisei fazer um teste e a Fox [distribuidora do filme no Brasil] me escolheu, entre outras coisas, porque a voz era parecida.

O que você leva em conta para dublar um personagem de animação?

A gente vai muito pelo boneco, pelo que o boneco faz. Se ele pula, se ele grita ou bate a cabeça. O modo como ele age. Procuramos fazer os trejeitos dublando. A gente coloca tudo na voz, já que não tem o corpo. Em “Os Croods”, por exemplo, tem uma cena em que o Guy explica para a Eeep [dublada no original por Emma Stone e em português por Luisa Palomanes] que o mundo está acabando, e ele está todo agitado. A gente faz os mesmos movimentos no estúdio. É meio automático. Quando a gente vê, já está fazendo os gestos.

Do que mais gostou em fazer a voz do Guy?

O Guy inteiro foi um presentão. Ele é todo descolado. Essa coisa de ser um gênio, ter varias ideias, ser galanteador. De certa forma, ele é meio parecido comigo, por ser meio descolado.

Há quanto tempo você trabalha em dublagem?

Vou fazer três anos de dublagem. Ainda estou bem no início, mas tenho feito muitas coisas legais. “Enrolados” (2010) foi o meu primeiro trabalho de dublagem. Fiz o teste para dublar o Flynn [no original, voz de Zachary Levi], passei. A Disney tinha me escolhido, mas na dublagem temos o chamado “star talent” [pessoa famosa convidada para fazer a voz de um personagem e, assim, atrair público para o filme], e resolveram colocar o Luciano Huck para dublar o personagem. Como ele não canta, eu acabei gravando as canções.

E quais os trabalhos em dublagem de que mais gostou?

Destaco “Enrolados” porque foi um filme muito especial, que me possibilitou entrar na dublagem. “Espelho, Espelho Meu” (2012), em que dublei o Príncipe [papel de Armie Hammer] e que tinha sido até agora o meu maior trabalho. Mais recentemente, “Dezesseis Luas” (2013), em que fiz o protagonista, Ethan [papel de Alden Ehrenreich], e “Os Croods”.

Guy e Eep, dublados por Raphael Rossatto e Luisa Palomanes na versão em português de “Os Croods”

Como você foi parar nessa área?

Conheci a dublagem há uns quatro anos. Antes, fui sendo ator sem querer. Sou de família circense. Nasci no circo e morei no circo até os meus 19 anos. Minha vida foi fazer cenas circenses, esquetes. Sou a sétima geração circense da família. Uma parte da família veio da Alemanha e outra parte da Itália. Eles já trabalhavam com circo lá. Meus antepassados se encontraram no Brasil, namoraram e deram origem à nossa familia daqui, os Rossatto.

Fui sendo ator sem querer por causa disso, mas sou cantor e instrumentista desde os 11 anos. A dublagem chegou porque eu trabalhava em eventos e festas, e me perguntavam se eu era dublador, por causa da voz. Resolvi procurar. Sabia por alto como era, mas não havia me aprofundado. Descobri um curso e acabei me apaixonando. Daí fui convidado por um professor para conhecer um estúdio e os contatos profissionais começaram.

Quais os seus próximos trabalhos?

Tenho um projeto da Disney que ainda não posso revelar. Deve ser para julho, mais ou menos. Estou com com uma série do Boomerang chamada “Pretty Little Liars”, em que eu faço a voz do professor Ezra [papel de Ian Harding]. Tem uma série do Netflix, “Hemlock Groove”, em que dublei o protagonista, Peter [papel de Landon Liboiron]. E tem muitas séries em que a gente acaba fazendo sempre um personagem pequeno aqui e outro ali. Estou trabalhando muito, graças a Deus. Não tenho do que reclamar. E em todas as áreas.

Tem a minha banda, Jack B. Conseguimos colocar uma música na trilha da “Malhação”, “Só Eu Sei”, e estamos fazendo shows. Estou tentando levar a banda para São Paulo quando a peça que estou fazendo no Rio [“Tudo por um Popstar”, adaptação musical do primeiro livro de Thalita Rebouças] começar a viajar. Estamos fazendo um sucesso bacana no Rio com a peça e a partir de abril ou maio devemos ir para São Paulo, e também viajar por outros estados.

O que você recomenda a alguém que queira se profissionalizar como dublador?

Primeiro, mesmo se a pessoa não for ator ou atriz, procurar um curso de dublagem e fazer uma aula para ver se consegue se adaptar. Não é fácil. Tem que pensar em várias coisas ao mesmo tempo: sincronismo, interpretação, leitura. Você lê na hora, dubla olhando a televisão. É bem rápido. Se gostar, investir. Procurar um curso em que possa obter o registro profissional. É uma área muito boa. Eu recomendo.

 

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Cenas de infância: Luiz Bolognesi e a descoberta do mal em "Bambi"

Por srizzo
27/03/13 16:16

O diretor e roteirista Luiz Bolognesi lambe no momento uma cria que demorou seis anos para sair do ninho: o longa-metragem de animação “Uma História de Amor e Fúria” (classificação indicativa: 12 anos), que estreou no Festival do Rio de 2012 e entrará em cartaz em 5 de abril.

Roteirista de “Bicho de Sete Cabeças” (2001), “Chega de Saudade” (2008) e “As Melhores Coisas do Mundo” (2010), dirigidos por Laís Bodanzky, sua mulher, Luiz conversou comigo para um artigo da revista “Cult” sobre “Uma História de Amor e Fúria”.

Ao final, contou o episódio abaixo, em que relembra o impacto provocado nele por “Bambi”, o desenho animado da Disney.

Vamos ao depoimento de Luiz:

“Bambi” (1942), o clássico da Disney: para Luiz, “traumático no bom sentido”

O primeiro filme que me marcou profundamente foi “Bambi” (1942). É um trauma na minha vida e até um paradigma do que eu faço. Tudo começa bonitinho, aquele bichinho com o tambor, vivendo entre as flores. Mas, de repente, o pai dele é morto por um incêndio que destroi a floresta. Fiquei absolutamente chocado.

Eu era muito pequeno, acho que devia ter cinco anos. Até hoje minhas filhas [de 10 e 8 anos de idade] não viram esse filme porque acho que elas não estão preparadas. Elas já viram “Uma História de Amor e Fúria”, “Harry Potter”, “As Crônicas de Narnia”, filmes que têm medo e terror, mas “Bambi” eu nunca deixei que elas vissem. Sempre penso que elas não estão prontas, de tão traumático que foi para mim.

Mas é um traumático no bom sentido, porque aquele impacto que tive com cinco anos, de que meu pai podia morrer, é uma coisa que não esqueço nunca. Saí de lá sem chão. Como assim, meu pai pode morrer? Ninguém tinha me falado que meu pai podia morrer. E o do Bambi morreu.

O filme trouxe ainda uma primeira informação que eu tive de que nós, os homens, podemos ser os monstros. Somos os caçadores. Aquilo é incrível, colocar no papel do vilão nós mesmos. Hoje pode parecer bobo, mas para uma criança de cinco anos… “Fuja, fuja, fuja que eles vêm aí”, e quem vem aí? Estou imaginando que é um ogro, e vem um caçador com uma arma na mão, atrás dos bichos?

Ali se embutiu em mim a ideia de que o entretenimento tem o poder, que pode ser traumático ou catártico, de tirar do lugar, de desestabilizar e de fazer pensar em coisas profundas, como esse filme que me disse que existia a morte e que a morte poderia se instalar na minha família. Que existia o mal, e que o mal estava dentro de mim.

Walt Disney, o criador de “Bambi”: a possibilidade de “transformação profunda” do cinema, segundo Luiz, pode estar em qualquer filme

“Bambi” me formou cinematograficamente, me fez entender que mesmo num desenho da Disney, que a gente recusa, abomina, tem o cerne da possibilidade de transformação profunda que o cinema apresenta. Isso está em lugares onde você espera, com eficiência máxima como em “O Som ao Redor”, um dos melhores filmes que eu já vi na minha vida, mas às vezes está em lugares mais inesperados, em obras de entretenimento como “Avatar”, que me impactou: os heróis são os índios da floresta, os vilões são uma empresa americana e um general do exército, e é a maior bilheteria da história do cinema. Um filme feito por Hollywood, e extremamente subversivo. Esses paradoxos estão presentes no cinema e eu os respeito.

Eu me lembro de uma aula de catecismo em que a professora disse que a gente deveria amar Deus mais do que todas as coisas. Ouvi aquilo e levantei a mão: mas professora Irani, quando a senhora diz amar mais do que todas as coisas, não mais do que os pais da gente, né? E ela: “claro, amar mais do que o seu pai e a sua mãe”. Saí da escola [em Itu, onde Luiz morava] para ir a pé até a minha casa, chorei no caminho. “Mãe, preciso falar com você, a professora diz que devo amar Deus mais do que você e o papai, mas eu não consigo.” E chorava.

“Bambi” teve para mim um impacto fundador parecido com isso. Tem gente que diz que cinema não muda a realidade. Muda. Eu acho que muda pra caramba. E nao é por ser engajado. É por trazer uma nova linguagem. O cara que está acostumado só com a narrativa da telenovela das oito abre a cabeça dele quando entra em contato com outra linguagem, outra narrativa. Ele descobre que dá para andar de lado também. O cinema tem esse poder transformador. Não precisa ser engajado, de esquerda. Um cinema que experimenta com a linguagem abre mentes.

Pôster original de “Bambi”

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