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Censura Livre

por Sérgio Rizzo

Perfil Sérgio Rizzo é jornalista, professor e crítico de cinema

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Tag Archives: animação

Academia de Hollywood celebra Richard Williams

Por srizzo
23/09/13 12:09

O animador canadense Richard Williams, 80 anos, será homenageado em outubro pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood — aquela que entrega o Oscar, mas que realiza atividades durante o ano inteiro.

Por falar em Oscar, Williams ganhou dois: pela direção do curta “A Christmas Carol” (1971), baseado em “Canção de Natal”, de Charles Dickens; e pelos efeitos visuais de “Uma Cilada para Roger Rabbit” (1988), que lhe valeu também um prêmio especial da Academia (pela direção de animação e pela criação dos personagens animados).

A extensa obra de Williams totaliza mais de 250 prêmios internacionais e inclui um trabalho pioneiro no uso da perspectiva em 3D, obtida com técnicas tradicionais.

Ele se dedicou durante mais de 20 anos ao longa “The Thief and the Cobbler” (1993), que teve distribuição restrita, mas que se tornou artigo de colecionador — uma obra-prima da animação.

A Academia promoverá um aula-palestra com a presença de Williams em 4 de outubro, quando será inaugurada a exposição “Richard Williams: Mestre da Animação” em uma de suas galerias. Clique aqui para mais informações.

Nas janelas abaixo, a íntegra do curta “A Christmas Carol”, protagonizado pelo lendário sovina Ebenezer Scrooge, e um trecho restaurado de “The Thief and the Cobbler”.



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Festival em Belém debate animação

Por srizzo
16/09/13 14:24

Mais um evento regional no calendário brasileiro de cultura: o Festival de Audiovisual de Belém (FAB), cuja primeira edição terá início nesta terça-feira, dia 17. Exibições, debates e oficinas se estenderão até o dia 20.

Clique aqui para conhecer a programação do FAB.

Na quinta-feira, participarei de um debate sobre o cinema de animação, ao lado do diretor Andrei Miralha, da Fundação Curro Velho, com mediação de Ana Carolina Almeida, da equipe de organização do FAB — e que é também pesquisadora de animação.

Nas janelas abaixo, dividida em duas partes, uma pequena amostra do trabalho de Miralha (em codireção com Marcílio Costa): o curta-metragem “Muragens – Crônicas de um Muro” (2008), que mistura atores ao vivo e animação para recriar a vida em um quarteirão de Belém.



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O nome dele é Jones, Tadeo Jones

Por srizzo
04/09/13 11:11

A animação espanhola “As Aventuras de Tadeo” desbancou “Meu Malvado Favorito” e assumiu a liderança dos filmes infantis mais alugados em agosto na 2001 Vídeo.

Gru e os minions lideraram o ranking em junho e julho, na esteira do lançamento de “Meu Malvado Favorito 2”. E, em agosto, ainda saíram muito bem na foto, em segundo lugar.

Leia aqui o texto que publiquei na “Folhinha” sobre “As Aventuras de Tadeo” e aqui uma entrevista no blog com o diretor Enrique Gato.

Na versão original, o protagonista do filme — um pedreiro atrapalhado que sonha ser arqueólogo — leva o nome de Tadeo Jones, em uma paródia ao Indiana Jones de Harrison Ford. No Brasil, o sobrenome virou “Stones”.

Confira abaixo os “10 mais” de agosto segundo o levantamento da 2001 Vídeo. O número depois do título refere-se à posição no mês anterior.

1) “As Aventuras de Tadeo” (Las Aventuras de Tadeo Jones) [10]

2) “Meu Malvado Favorito” (Despicable Me) [1]

3) “Zambezia” (idem) [6]

4) “O Reino Gelado” (Snezhnaya koroleva/Snow Queen) [9]

5) “Monster High – Scaris: A Cidade Sem Luz” (Monster High: Scaris) [7]

6) “A Origem dos Guardiões” (Rise of the Guardians) [4]

7) “Valente” (Brave) [2]

8) “Princesinha Sofia – Era uma Vez” (Sofia the First: Once Upon a Princess) [–]

9) “As Aventuras de Sammy” (Sammy’s Adventures: The Secret Passage) [–]

10) “O Pequeno Príncipe – O Planeta do Tempo/O Planeta do Pássaro de Fogo” (Le Petit Prince – La Planète du Temps/La Planète du Oiseau-feu) [–]


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Animação artesanal no interior de Pernambuco

Por srizzo
02/09/13 14:42

“O Grande Evento”, de Ribeirão Preto (SP), na mostra nacional do Animacine

Os municípios de Bezerros, Caruaru e Gravatá sediam, a partir desta terça-feira (dia 3), a primeira edição do Animacine – Festival de Animação do Agreste Pernambucano.

De acordo com os organizadores, a ênfase da programação reside na produção artesanal. O animador Lula Gonzaga, coordenador do festival, explica:

“Estamos na região mais artesanal do país, que é o Nordeste. E no agreste temos a tradição da xilogravura, do barro e dos mamulengos. A intenção é que, através do cinema de animação, os artistas possam fazer cinema e conquistar mais alcance para suas obras. É uma região de muita musicalidade, de um universo mágico e místico que tem tudo a ver com o cinema da animação.”

Além da exibição de filmes, o Animacine promoverá também oficinas de formação a serem realizadas no campus de Caruaru da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O Museu Luiz Gonzaga, em Caruaru, hospedará as sessões da mostra competitiva. Em Bezerros e Gravatá, as projeções serão ao ar livre.

Clique aqui para conhecer a programação completa. O Animacine prossegue até o próximo sábado (dia 7).

“Paleolito”, do Rio de Janeiro, também está na mostra nacional do Animacine

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Animações espanholas em Porto Alegre

Por srizzo
23/08/13 12:58

Se você mora na capital gaúcha, parabéns. O Cine Santander Cultural abre nesta sexta-feira (dia 23), em parceria com o Instituto Cervantes, a mostra Animações Espanholas, com seis longas produzidos em diversas técnicas.

No sábado (dia 24), após a exibição de “Chico e Rita” (2010), de Fernando Trueba e Javier Mariscal, a mostra promoverá um debate com a participação de Òscar Pujol Riembau, diretor do Instituto Cervantes, e do músico e jornalista Artur de Faria.

“Chico e Rita” não é programa para crianças (classificação indicativa: 14 anos), mas os demais filmes da mostra, todos com classificação indicativa “livre”, sim:

– “O Bosque Animado” (2001), de José Luis Cuerda, sobre a intervenção do homem em um lugar paradisíaco onde animais e árvores vivem em harmonia.

– “O Apóstolo” (2012), de Fernando Cortizo, sobre a busca a um tesouro em um vilarejo muito peculiar.

– “Nocturna” (2010), de Adrià García e Víctor Maldonado, sobre o desaparecimento misterioso das estrelas do céu.

– “Rugas” (2011), de Ignacio Ferreras, baseado em HQ sobre dois homens que vivem em uma cínica de repouso.

– “Maria e Eu” (2010), de Félix Fernández de Castro, sobre uma viagem de férias de dois amigos às Ilhas Canárias.

Clique aqui para conhecer a programação da mostra no site do Santander Cultural.

Nas janelas abaixo, um trecho de “O Bosque Animado” e o trailer de “Nocturna”.

 



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Lotte, da Estônia, na sua TV

Por srizzo
21/08/13 14:11

Você sabe de todas as animações norte-americanas lançadas no cinema, em DVD e Blu-ray? Grande coisa.

Quero ver conhecer um filme infantil da Estônia. Ou da Letônia, que fica ao sul do país. Melhor ainda: quero ver conhecer uma co-produção entre a Estônia e a Letônia!

Não conhece? O canal pago Gloob quebra o seu galho nesta sexta-feira (dia 23), às 20h, com a exibição do simpático “Lotte e o Segredo da Pedra da Lua” (2011).

Lotte é uma cachorrinha que já havia aparecido em um longa-metragem de 2006, “Lotte de Gadgetville”, também dirigido pelos animadores estonianos Heiki Ernits e Janno Põldma.

Em “O Segredo da Pedra da Lua”, os dois diretores arrumam para Lotte uma aventura que envolve o aparecimento de pedras misteriosas na pequena cidade de Gadgetville, encravada em algum ponto da Europa.

Abaixo, o trailer do filme.

 

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Todo apoio ao NUPA

Por srizzo
14/08/13 15:41

“Paulicéia Canta, Ty-Etê!”, produção do NUPA no Anima Mundi

Começa nesta quarta-feira em São Paulo a 21a. edição do Anima Mundi – Festival Internacional de Animação do Brasil, que já passou pelo Rio de Janeiro (de 2 a 11 de agosto).

As exibições serão na Galeria Olido e no Espaço Itaú da rua Augusta, até o próximo domingo (dia 18). Quatro sessões são inteiramente recomendadas para crianças: Infantis, Futuro Amador, Longas Infantis e Illuminated Filmes – Infantis. Ingressos a R$ 10 e R$ 5.

Clique aqui para ler o texto sobre o Anima Mundi publicado pela “Folhinha” no último sábado e aqui para conhecer a programação completa do festival.

Chamo a sua atenção para três curtas que serão exibidos na sessão Panorama: “Paulicéia Bicicletas em São Paulo”, “Paulicéia Mário de Andrade” e “Paulicéia Canta, Ty-Etê!”.

Eles foram produzidos pelo NUPA – Núcleo Paulistano de Animação, pilotado pelo animador Céu D’Ellia desde a sua criação, em 2010, no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso.

Pois bem: o NUPA corre o risco de acabar. Clique aqui para entender a situação, em um post do blog do artista gráfico e ilustrador Orlando Barroso.

E, para conhecer o trabalho muito legal do NUPA, clique aqui para ler um post no blog do próprio Anima Mundi, com links para ver os três curtas da série “Paulicéia” que estão no festival.

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Nove filmes infantis, em breve nos cinemas

Por srizzo
12/08/13 11:24

“Free Birds”, com lançamento previsto para novembro

Em 2012, quatro longas infantis (todos de animação) figuraram entre as 10 maiores bilheterias do ano no Brasil: “A Era do Gelo 4”, “Madagascar 3: Os Procurados”, “Alvin e os Esquilos” e “Valente”. Juntos, eles venderam 22,6 milhões de ingressos, ou cerca de 15,5% do total (146 milhões de ingressos).

Em 2013, essa presença significativa da produção infantil se manteve. Das 10 maiores bilheterias registradas no Brasil de janeiro ao início de agosto, três são infantis: “Meu Malvado Favorito” (em segundo lugar, com 6,5 milhões de espectadores, atrás apenas de “Homem de Ferro 3”), “Detona Ralph” (em sétimo, com 3,6 milhões de espectadores) e “Universidade Monstros” (em oitavo, com 3,2 milhões de espectadores).

É possível que “Os Smurfs 2” — a quinta maior bilheteria de lançamento do ano no Brasil, com 762 mil espectadores nos primeiro fim de semana de exibição — venha a se aproximar dos “10 mais”.

O calendário de lançamentos prevê os seguintes filmes infantis até o fim de 2013, de acordo com o Filme B:

– “Aviões”, da Disney, animação em 3D na mesma trilha de “Carros” (13 de setembro).

– “Tá Chovendo Hambúrger 2”, continuação da animação de 2009 (4 de outubro).

– “Corda Bamba”, produção brasileira baseada no livro homônimo de Lygia Bojunga Nunes (11 de outubro).

– “Rodência e o Dente da Princesa”, animação argentina em 3D sobre uma cidade de ratos (11 de outubro).

– “Free Birds”, animação norte-americana sobre perus que viajam no tempo (1o. de novembro).

– “Echo Planet 3D”, animação tailandesa sobre um grupo que tenta salvar o planeta (22 de novembro).

– “Um Time Show de Bola”, animação 3D dirigida pelo argentino Juan José Campanella (“O Filho da Noiva”, “O Segredo dos seus Olhos”), sobre uma equipe de futebol de botão (29 de novembro).

– “Tarzan 3D”, animação alemã em 3D com Tarzan e Jane contra o exército de um supervilão (6 de dezembro).

– “Minhocas”, animação brasileira sobre um trio de minhocas adolescentes que tenta voltar para casa (20 de dezembro).

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"Gru - O Maldisposto", líder também em DVD

Por srizzo
02/08/13 11:40

O lançamento de “Meu Malvado Favorito 2”, que levou mais de 6 milhões de espectadores aos cinemas no Brasil e já arrecadou US$ 670 milhões em todo o mundo, ajudou a manter o primeiro longa-metragem com Gru e os minions na liderança do ranking de filmes infantis mais alugados na 2001 Vídeo.

(Para quem estranhou o título deste post: em Portugal, os filmes da série têm o título “Gru – O Maldisposto”.)

Os “10 mais” de julho na 2001 trazem três novidades em relação à lista do mês anterior: “Sammy – A Grande Fuga”, “O Reino Gelado” e “As Aventuras de Tadeo”.

Os três foram lançados nos cinemas brasileiros em 2013 e acabaram de chegar ao mercado de vídeo doméstico.

Por outro lado, saem do ranking dois sucessos que vinham frequentando os “10 mais” há alguns meses: “A Era do Gelo 4” e “Madagascar 3 – Os Procurados”.

Confira abaixo os “10 mais” de julho segundo o levantamento da 2001 Vídeo. O número depois do título refere-se à posição no mês anterior.

1) “Meu Malvado Favorito” (Despicable Me) [1]

2) “Valente” (Brave) [4]

3) “Hotel Transilvânia” (Hotel Transylvania) [5]

4) “A Origem dos Guardiões” (Rise of the Guardians) [7]

5) “Detona Ralph” (Wreck-It Ralph) [8]

6) “Zambezia” (idem) [9]

7) “Monster High – Scaris: A Cidade Sem Luz” (Monster High: Scaris) [10]

8) “Sammy – A Grande Fuga” (A Turtle’s Tale 2: Sammy’s Escape from Paradise) [-]

9) “O Reino Gelado” (Snezhnaya koroleva/Snow Queen) [-]

10) “As Aventuras de Tadeo” (Las Aventuras de Tadeo Jones) [-]

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"Crianças dão de 10 a 0 nos adultos"

Por srizzo
06/07/13 08:00

A sala itinerante do Cine Tela Brasil, com 225 lugares

O diretor e roteirista Luiz Bolognesi e sua mulher, a diretora Laís Bodanzky, criaram em 2004 o Cine Tela Brasil, projeto de exibição gratuita e itinerante sobre o qual falo em texto publicado na edição de hoje da “Folhinha”.

Em julho, a sala do Tela Brasil (com 225 lugares) circulará por seis regiões da Capital: Sé, Largo da Batata, Parada de Taipas, Jaçanã, Capão Redondo e Cidade Tiradentes.

A seguir, trechos da entrevista que fiz nesta semana com Bolognesi — muito feliz com a carreira internacional da animação “Uma História de Amor e Fúria” (classificação indicativa: 12 anos), recentemente premiada no tradicional e concorrido Festival de Annecy (França), e que está na programação de julho do Tela Brasil.

Podemos dizer que o Cine Tela Brasil é um filho de outro projeto seu e da Laís, o Cine Mambembe (1995-2004)?

Totalmente. O Cine Mambembe era mais voluntário. Rodamos 13 mil quilômetros, em mais ou menos 15 estados das regiões Sudeste, Norte e Nordeste. Só exibíamos curtas. Se havia muita criança na sessão, sacávamos e exibíamos “Novela” (1992), de Otto Guerra, uma animação com jacarés que tira sarro de telenovelas, de morrer de rir, e “A Velha a Fiar” (1964), de Humberto Mauro, que também funcionava muito bem. As crianças cantavam junto. Esses filmes faziam muito sucesso com todos as plateias: urbanas, rurais, indígenas.

O Tela Brasil é a profissionalização do Cine Mambembe. Desde 2044, já alcançou quase 1,3 milhão de espectadores. E desde o começo pensamos em filmes de classificação indicativa livre. Mais da metade do público tem menos de 14 anos. A molecada sai de uma sessão e vai para a fila da próxima. Às vezes, veem quatro filmes no mesmo dia. Adulto não faz isso. Às vezes tem tanta criança que alteramos a programação. Avisamos que vamos passar outro filme por causa da maioria.

“Tainá” 1 (2001) e 2 (2004) são os nossos campeões de público, seguidos por “Lisbela e o Prisioneiro” (2003) e “Rio” (2011). Todo mundo adora “Tainá”. Nosso sonho de consumo é o terceiro filme da série, mas o distribuidor ainda não liberou. Estamos fazendo também sessões fechadas para escolas, com material didático.

Quais os critérios para escolher os filmes do projeto?

“Eu e Meu Guarda-Chuva”, na programação de julho do Cine Tela Brasil

Um grupo do Tela Brasil formado por gerentes, coordenadores, por mim e pela Laís estuda os filmes lançados no último ano e meio. Buscamos filmes de qualidade que promovam entretenimento e reflexão. “Gonzaga” (2012), por exemplo, é perfeito. “Eu e Meu Guarda-Chuva” (2010), também. Depois, negociamos com os distribuidores. Muitos são bacanas. Outros são irredutíveis. Botam o preço lá em cima e inviabilizam a exibição. Nem todos os distribuidores têm noções de responsabilidade social.

Por que poucos filmes infantis são produzidos no Brasil?

Produzimos quase nada de filme infantil. Não chega a três longas entre os 80 feitos por ano. É muito pouco. Nós mesmos, produtores, esquecemos. Falo por mim: existe entre nós um certo preconceito, como se filme para crianças fosse algo menor. Não entendemos o passo que é dado com um filme infantil. Ele não ganha prêmio em festival, mas vai ser importante porque está formando espectadores. É uma pena, porque os infantis vão bem de público, têm vida longa no DVD. É preciso abrir os olhos e ver um caminho. A animação é uma das áreas que mais crescem.

Recentemente, escrevi com três roteiristas franceses o roteiro de “Planeta Verde”, um “live action” com animais rodado em 3D na Amazônia e lançamento previsto para 2014. É a história de um macaquinho de circo que cai na Amazônia e precisa aprender a ser bicho. E aí tomei bronca em casa das minhas filhas [de 10 e 8 anos]: “Finalmente, pai, você fez um filme que a gente pode ver”.

E você não pensa em dirigir um filme para crianças?

Tenho vontade de fazer um, em 2015/2016. Um filme sobre a história do Brasil vista a partir de São Paulo, sobre quem somos nós, para a família toda, com protagonistas crianças. Depois do prêmio em Annecy para “Uma História de Amor e Fúria”, aumentaram as possibilidades de fazer esse outro. Estamos começando. É tudo muito lento. Mas, como o prêmio em Annecy confirmou, esse é o jeito certo de fazer.

Há alguma dificuldade especial em escrever filmes infantis? Alguns dizem que a criança é um público mais exigente do que o adulto.

Penso na criança como um pequeno adulto. Em “Planeta Verde”, a maior dificuldade foi que o protagonista é um macaco que não fala. Eu pensava nos problemas dele. O grande erro é infantilizar o raciocínio das crianças. Eu me surpreendo com as minhas filhas o tempo todo. Crianças estão mais livres de preconceitos do que nós. São muito livres e sensíveis. Tratamos as crianças com ti-ti-ti, e o raciocínio delas está lá na frente. Entendem tudo. São surpreendentes. Crianças dão de 10 a 0 nos adultos. Se não gostam de um filme, saem no meio. Mas, quando gostam, veem a semana inteira.

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