A “Folhinha” do último sábado dedicou sua capa à animação argentina “Um Time Show de Bola”, dirigida por Juan José Campanella (“O Filho da Noiva” e Oscar de filme estrangeiro por “O Segredo dos Seus Olhos”).
Tive a oportunidade de participar de um debate ao lado de Silvia — que, entre outras contribuições para discutir o audiovisual voltado a crianças e jovens, distribuiu aos presentes um folheto elaborado pelo Conselho da Comunicação Audiovisual e da Infância da Argentina.
O documento estabelece 14 critérios de qualidade para avaliar a produção audiovisual (leia-se televisão, principalmente).
Um desses critérios é uma piada de mau gosto no Brasil: federalismo, ou seja, “a presença nas telas da realidade de diferentes regiões e províncias do país, impulsionando especialmente uma produção de conteúdos de caráter federal”.
Por aqui, você sabe muito bem, impera o o que se produz no eixo Rio-São Paulo, com base no olhar do eixo Rio-São Paulo.
Outro critério que poderíamos importar, associado ao do federalismo: identidade. Nas palavras do documento:
“Devem ser integradas as particularidades locais e a cultura própria de cada região do país, promovendo o respeito e a difusão das diversas línguas em uso no território nacional. Os conteúdos audiovisuais devem reforçar os vínculos que crianças e adolescentes têm com suas comunidades.”
A seguir, uma entrevista com Silvia — produzida pelo curso de Educomunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo — que interessa sobretudo a pais e educadores.