Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Censura Livre

por Sérgio Rizzo

Perfil Sérgio Rizzo é jornalista, professor e crítico de cinema

Perfil completo

Cartoon contra o bullying

Por srizzo
15/05/13 12:17

“Seja você a vítima ou a testemunha do bullying, existem muitas coisas que pode fazer para detê-lo. Mas a melhor coisa é NÃO FICAR CALADO.”

Essa dica faz parte do extenso material que pode ser encontrado no web site “Chega de Bullying”, lançado nesta quarta-feira pelo Cartoon Network. Ele integra um movimento da organização humanitária Visão Mundial, em parceria também com o Governo do Estado de São Paulo, Plan Internacional, Organização dos Estados Iberoamericanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI) e Facebook.

Clique aqui para conhecer o portal, que traz informações para crianças e adolescentes, bem como para pais e professores (a imagem acima vem de lá).

Logo na página de abertura, uma janela de vídeo apresenta depoimentos do jogador de futebol Paulo Henrique Ganso, do jornalista Marcelo Tas e do cartunista Maurício de Sousa.

Essa janela de vídeo exibe também duas animações bem-humoradas sobre situações típicas de bullying escolar envolvendo crianças. No fim de cada desenho, aparece um dos slogans da campanha:

“A vida não é desenho animado. Bullying é inadmissível.”

O bullying virtual — que usa as redes sociais da internet como a sua principal plataforma — também é tratado pelo web site do Cartoon Network, que usa uma linguagem simples e direta, de fácil compreensão por crianças e adolescentes.

Os visitantes são convidados a assinar virtualmente o “compromisso para acabar com o bullying”.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo firmou convênio com o Cartoon Network para distribuir kits sobre bullying em escolas e para mobilizar os 4,2 milhões de alunos da rede.

* * *

Em inglês, existem diversas (e muito boas) fontes de informação sobre bullying. Uma delas é a do The Bully Project, que deu origem ao documentário “Bullying”, dirigido por Lee Hirsch e já disponível em DVD no Brasil (classificação indicativa: 12 anos).

Em novembro do ano passado, fiz uma entrevista com Hirsch para a revista “Educação”. Confira abaixo o resumo do bate-papo:

A escolha do tema foi relacionada a experiências pessoais?

Lee Hirsch, diretor do documentário “Bullying”

Sim, é uma história pessoal. Fui vítima de bullying na infância e quis dar voz a crianças e famílias que lidam com isso diariamente. Há muito silêncio e vergonha em torno do bullying e de suas vítimas, e suas consequências são menosprezadas. Os riscos são muito mais graves do que a maioria das pessoas imagina. Fiz o filme para acabar com o estigma social de que se trata apenas de “crianças agindo como crianças”. As consequências são reais e terríveis.

Qual foi o método para encontrar pessoas dispostas a falar?

O processo foi difícil e exigiu muitas horas de pesquisa, muitos encontros, e o desenvolvimento de relações em que as pessoas confiavam em nossa equipe de filmagem para permitir que documentássemos as suas vidas. É preciso ter muita coragem para encarar a câmera e autorizar o mundo a observar a sua vida, especialmente no que diz respeito a um assunto tão delicado. Sou muito agradecido a todos os que nos deixaram entrar em suas vidas e registrar a gravidade do problema.

Você acredita que o filme contribuiu para intensificar o debate sobre bullying nos EUA?

Lentamente, o bullying vem ocupando espaço cada vez maior no debate social dos EUA nos últimos anos, à medida que a sociedade começou a perceber as suas implicações bem concretas. Acredito que o filme tenha ajudado nessa tendência, destacando a relevância do tema, especialmente depois de toda publicidade que recebeu com a divulgação da MPAA Rating [classificação indicativa dos EUA, que o considerou impróprio para menores de 13 anos; no Brasil, ela foi de 12 anos]. Quando “Bullying” estreou, lançamos também uma campanha de ação social com o objetivo de garantir que ao menos um milhão de crianças assistisse ao filme, nos EUA e no exterior. Não queríamos que sua mensagem desaparecesse quando ele saísse de cartaz. Cerca de 250 mil crianças o viram por causa dessa iniciativa.

O público brasileiro pode aprender com a sua abordagem do tema?

A força do filme está em tratar de um assunto universal. Muitas pessoas podem relacioná-lo a experiências pessoais na infância, ou mesmo da vida adulta. Não importa o idioma que você fale ou o país onde resida, incluindo o Brasil. As ações que o público conhece em “Bullying” falam ao espírito humano em relação ao que estamos dispostos a aguentar, e também a ajudar e a testemunhar.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
  • Comentários
  • Facebook

Os comentários pelo formulário foram fechados para este post!

Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailsrizzojr@uol.com.br
  • Twitter@sergiorizzo

Buscar

Busca

Categorias

  • Cenas de infância
  • Cinema
  • DVD
  • Educação
  • Entrevistas
  • Festivais
  • Internet
  • Jogos
  • Listas
  • Livros
  • Pais e filhos
  • Televisão
  • Uncategorized
  • Vídeo
  • Recent posts Censura Livre
  1. 1

    Pebolim de alta tecnologia. E argentina

  2. 2

    Turma do Tikuntá estreia novo clipe

  3. 3

    Crianças de Chicago vibram com curta brasileiro

  4. 4

    Games for Change chega a São Paulo

  5. 5

    Novo Peter Pan estreia na segunda

SEE PREVIOUS POSTS

Tags

abreu animação Argentina Brichos campanella carrico chaplin cinema comkids dedé didi disney doutorado dvd educação escola festival filhos florianópolis folhinha fox games for change gloob infância internet jogos meu malvado favorito meu pé monstros mussum NUPA O Gordo e o Magro palhaço petermann professor ralph reino escondido saldanha stop-motion tainá televisão trapalhões unicamp williams zacarias
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).