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Censura Livre

por Sérgio Rizzo

Perfil Sérgio Rizzo é jornalista, professor e crítico de cinema

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Continuação empurra "Hambúrguer" para o topo

Por srizzo
01/11/13 13:31

“Tá Chovendo Hambúrguer”, da Sony Animation

O lançamento nos cinemas de “Tá Chovendo Hambúrguer 2” — que já foi visto por mais de 2,2 milhões de pessoas no Brasil — impulsionou a procura pelo filme que inaugurou a série, de 2009, e que assumiu a liderança no ranking de locações infantis da 2001 Vídeo em outubro.

Em junho, havia ocorrido um fenômeno parecido: “Meu Malvado Favorito” foi parar em primeiro lugar graças também ao barulho provocado pela estreia da continuação nos cinemas.

Gru e os minions mantiveram a dianteira em julho e setembro, com “As Aventuras de Tadeo” interrompendo a hegemonia em agosto.

Confira abaixo os “10 mais” de outubro segundo o levantamento da 2001 Vídeo. O número depois do título original refere-se à posição no mês anterior.

Nas janelas de vídeo, o trailer do primeiro “Tá Chovendo Hambúrguer” e o da continuação.

1) “Tá Chovendo Hambúrguer” (Cloudy with a Chance of Meatballs) [-]

2) “Meu Malvado Favorito” (Despicable Me) [1]

3) “Hotel Transilvânia” (Hotel Transylvania) [3]

4) “A Origem dos Guardiões” (Rise of the Guardians) [4]

5) “Detona Ralph” (Wreck-It Ralph) [5]

6) “O Reino Gelado” (Snezhnaya koroleva/Snow Queen) [7]

7) “As Aventuras de Tadeo” (Las Aventuras de Tadeo Jones) [8]

8) “Reino Escondido” (Epic) [9]

9) “Os Croods” (The Croods) [-]

10) “Universidade Monstros” (Monsters University) [-]



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Mestres da comédia na sessão Cinepiano

Por srizzo
30/10/13 12:40

“Vida de Cachorro”, na sessão Cinepiano

Tem melhor programa cultural para famílias do que os pais apresentarem aos filhos algo que na infância foi importante para eles também?

Comédias clássicas, por exemplo.

Elas funcionavam décadas atrás, com crianças e adultos, e continuam funcionando hoje, ao oferecer uma inocência que parece encantadora perto do atual padrão médio de humor, na TV e no próprio cinema, e ao se apoiar em piadas visuais.

Para quem concorda com o raciocínio, sugiro um programão: a sessão Cinepiano, criada pelo compositor e produtor musical Tony Berchmans. Em novembro, a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo agendou quatro apresentações.

Autor do livro “A Música do Filme – Tudo o que Você Gostaria de Saber sobre a Música de Cinema” (2006), Berchmans diz que teve a ideia de organizar a sessão em 2008, ao ver o pianista norte-americano Bob Mitchell (1912-2009) fazer o acompanhamento ao vivo de filmes silenciosos em um cinema de Los Angeles.

A sessão Cinepiano promove a mesma viagem no tempo: assistir a um filme como nossos avós, bisavós ou tataravós faziam. Na tela, as imagens. O som vem de um piano instalado na sala.

Em novembro, a seleção de Berchmans vai reunir Charles Chaplin (“Vida de Cachorro”, 1918), Buster Keaton (“Cops”, 1922) e a dupla Stan Laurel & Oliver Hardy, o Gordo e o Magro (“Um Grande Negócio”, 1929).

O calendário de apresentações, sempre gratuitas:

3/11, domingo, às 18h – Galeria Olido

7/11, quinta-feira, 20h – Centro Cultural da Penha

16/11, sábado, às 21h – Teatro Décio de Almeida Prado

23/11, sábado, às 19h – Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes

Na janela abaixo, só para aquecer e dar água na boca, Laurel e Hardy em “Um Grande Negócio”.


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Curta Cinema exibe 32 infantojuvenis

Por srizzo
28/10/13 12:45

“É Proibido Menino Calçado Entrar na Escola”, no Curta Cinema

Começa na próxima sexta-feira, dia 1.º, a edição 2013 do Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. Até 7 de novembro, serão exibidos 230 filmes, representando dezenas de países (“mais de 37”, segundo a organização).

As sessões, sempre com entrada gratuita, vão ocupar o cine Odeon, o Centro Cultural Justiça Federal, o Cinemaison e a Arena Carioca Carlos Roberto de Oliveira.

Clique aqui para conhecer a programação.

O Panorama Infantojuvenil do festival reunirá 32 curtas, divididos em duas sessões infantis e outras duas para adolescentes e jovens.

Entre os curtas brasileiros infantis, serão exibidos o goiano “A Velha Gulosa” (2013), de Isabela Veiga, o paulista “O Pequeno Monstro” (2012), de Kauê Nunes Melo e Nildo Ferreira, e o baiano “É Proibido Menino Calçado Entrar na Escola” (2013), de Edson Bastos e Henrique Filho.

Na janela abaixo, o trailer de “A Velha Gulosa”, que combina animação com o trabalho de atores.


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Quatro infantis disputam prêmios da Academia

Por srizzo
25/10/13 15:10

“31 Minutos”, candidato ao Troféu Grande Otelo de longa infantil

Hollywood tem a sua Academia, aquela que entrega o Oscar, e nós também: a Academia Brasileira de Cinema divulgou nesta semana os indicados para o Troféu Grande Otelo em 25 categorias.

A cerimônia de premiação será realizada em 13 de novembro, às 21h, na Cidade das Artes (Rio de Janeiro), com transmissão ao vivo do Canal Brasil.

Atenção: estaremos em novembro de 2013, mas a premiação se refere a filmes de 2012.

É o Brasil mais uma vez inventando moda: as Academias de Hollywood e dos principais países europeus preferem fazer a festa no início do ano, inclusive porque muitos dos filmes da temporada anterior ainda estão em cartaz e podem faturar em cima da premiação.

Na categoria de melhor longa-metragem infantil, os quatro finalistas são:

– “31 Minutos” (Total Entertainment), dirigido por Álvaro Diaz e Pedro Peirano;

– “Brichos – A Floresta É Nossa” (Tecnokena), dirigido por Paulo Munhoz;

– “Cocoricó Conta Clássicos” (TV Cultura), dirigido por Fernando Gomes;

– “Peixonauta – Agente Secreto da O.S.T.R.A.” (TV PinGuim), dirigido por Célia Catunda e Kiko Mistrorigo.

Dois deles — “Brichos” e “Peixonauta” — disputam também o prêmio de melhor longa-metragem de animação. Nas janelas abaixo, seus trailers.



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Feira de games começa na sexta

Por srizzo
22/10/13 14:54

“Lego Marvel Super Heroes”, lançamento da Brasil Game Show 2013

Há uns 15 anos, dizer que alguém poderia ganhar a vida (e ganhar bem a vida) trabalhando com videogames parecia algo ainda muito estranho (clique aqui para ler um post sobre isso).

E imaginar um festival de games, com as dimensões gigantescas da Mostra Internacional de Cinema que no momento se realiza em São Paulo? Muito estranho também.

O tempo passa, o tempo voa, e será aberta na próxima sexta-feira, dia 25, a edição 2013 da Brasil Game Show (BGS), que se apresenta como “a maior feira de jogos eletrônicos da América Latina”.

O Expo Center Norte, em São Paulo, sediará o evento. Na sexta, o acesso será exclusivo para a imprensa e para os profissionais do setor.

O público poderá visitar a feira no sábado e no domingo, das 11h às 20h, e ainda na segunda e na terça, das 13h às 22h.

Clique aqui para ter informações sobre os ingressos e a programação da BGS 2013.

Além da realização de campeonatos e da presença de personalidades do setor (que os fãs reconhecem assim como um torcedor de futebol sabe quem são Messi e Neymar), diversas empresas apresentarão novos produtos.

Entre os consoles, os destaques serão o XBox One (Microsoft) e o PlayStation 4 (Sony).

E, entre os games para crianças, os lançamentos incluem o “Disney Infinity” (Warner) e o “Lego Marvel Super Heroes” (Lego).

Crianças-crianças, quero dizer. A BGS 2013 terá atrações para jogadores de todas as idades, inclusive os que deixaram de ser criança há algumas décadas, mas que ainda mantêm um pé na infância.

Na janela abaixo, um vídeo sobre a BGS 2012 produzido pela equipe do site Joystick Terrível.


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Alô, secretário Juca: fica, Nupa!

Por srizzo
18/10/13 15:13

“Bicicletas em São Paulo”, curta do Nupa

Essa novela todos nós conhecemos, na cultura e nas demais áreas da administração pública: sai governo, entra governo, e projetos ou programas importantes para a cidade são abruptamente interrompidos. Alguns viram história e jamais são retomados.

Torço para que isso não aconteça com o Nupa (Núcleo Paulistano de Animação), sobre o qual já falei no blog (clique aqui para ler o post). Desde o início deste ano, suas atividades foram interrompidas. Alegação dada pelo secretário municipal da Cultura, o ex-ministro Juca Ferreira: falta de verba.

Agora, o movimento “Fica Nupa” — criado para pressionar a Prefeitura em busca de uma solução — obteve a promessa de que uma nova reunião com o secretário será realizada para discutir o problema. E, eu espero, para encontrar uma forma de reiniciar as atividades.

Uma experiência bem-sucedida como a do Nupa não pode acabar dessa forma, e quando seus frutos já eram visíveis. Seria um péssimo exemplo de gestão pública. Mais um.

Publico abaixo um texto do “Fica Nupa” que apresenta o projeto e resume a situação.

* * *

O Nupa (Núcleo Paulistano de Animação) é um estúdio-escola vinculado ao CCJ (Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso) no bairro de Nova Cachoeirinha, periferia da Zona Norte de São Paulo, que está com as atividades paralisadas desde o início do ano devido à mudança de gestão da Prefeitura de São Paulo.

Quem coordena o Nupa é Céu D’ Ellia, um experiente cineasta de animação, que já trabalhou para grandes estúdios de animação, realizou diversos filmes publicitários e, desde o final de 2009, investe esforços em criar um espaço de troca de ideias e experiências para jovens de todas as classes sociais, que inclui laboratório digital equipado, oficinas, workshops, mostra de filmes e o incentivo à criação de roteiros e produção de filmes coletivos.

No Nupa, os alunos aprendiam a animar seus próprios personagens utilizando o programa de animação 2D Toon Boom Studio. Aqueles participantes que se destacavam recebiam uma bolsa-residência e a chance de continuarem evoluindo e se aperfeiçoando mais, através da aproximação de outro profissionais. Tudo isso de graça, e com muita seriedade e profissionalismo. Fato esse que possibilitou que muitos alunos conseguissem rapidamente uma oportunidade de estágio ou trabalho em estúdios de animação.

Desde 2010, o Nupa conseguiu realizar vários curtas com a participação de alunos e profissionais, sendo que dois estão em fase de finalização e três deles foram veiculados nos intervalos da programação da TV Cultura e também foram exibidos no Festival Anima Mundi: “Paulicéia Mário de Andrade”, “Bicicletas em São Paulo” e “Canta, Ti-Etê”.

“Canta, Ty-Etê”

Por conta da demora e indefinição da Secretária da Cultura sobre o futuro do Nupa, desde o início do ano foi criado o movimento “Fica Nupa” e uma petição online, como forma de pressionar um posicionamento do novo secretário para que o estúdio-escola continue na ativa e recebendo investimentos da Prefeitura.

Apesar das inúmeras tentativas de contato e da recomendação de continuidade feita pelo secretário anterior, foi só através desse movimento nas redes sociais que o Núcleo de Animação conseguiu uma aproximação com o secretário da Cultura, Juca Ferreira, que, apesar de reconhecer a importância do Nupa, num encontro com o diretor do projeto, Céu D’Ellia, alegou falta de verba para continuar investindo no projeto.

Mesmo com uma nova proposta de reduzir os custos entregue para a Secretaria da Cultura, até o presente momento nada foi decidido e nenhuma resposta foi apresentada, gerando desgaste em todos os envolvidos. Bem diferente do discurso de campanha de 2012, do então candidato a prefeito, Fernando Haddad, que, em visita ao CCJ, fez elogios ao projeto e prometeu sua continuidade e ampliação.

Os alunos e ex-alunos atuantes no movimento “Fica Nupa” continuam trabalhando na divulgação dos filmes e das assinaturas, enquanto aguardam a oportunidade de conversar com o secretário da Cultura em uma reunião prevista para acontecer em outubro. Nessa reunião serão entregues as assinaturas da petição e espera-se uma definição que não modifique abruptamente o programa.

Essa petição, que já conta com quase 5 mil assinaturas e o apoio de vários animadores e ilustradores profissionais e pessoas ligadas à animação, espera ainda chegar na meta de 8 mil assinaturas. Por isso é importante que as pessoas conheçam os filmes, assinem a petição, e principalmente ajudem na divulgação.

O projeto é apoiado por muitos admiradores da arte de animação que acreditam nessa bela forma de expressão artística sendo beneficiada pelo poder público. E torcem pela continuidade do projeto e em sua capacidade pioneira de fomentar a produção de filmes de animação de qualidade sobre a cidade de São Paulo, que, devido aos excelentes resultados obtidos, merece continuar existindo, possibilitando a chance de mais jovens terem acesso e ingressarem nesse mercado tão restrito e carente de bons profissionais.

Links e referências:

Texto sobre o fim do Nupa no blog do Céu D’ Elia

Entrevista com Céu D’ Elia no blog do Orlando Pedroso 

Trecho do documentário “Lições de Animação no Brasil”, da UnivespTV, que mostra o Nupa ainda no início (2012)

Matéria no blog do Anima Mundi

Matéria no blog Mondo Vazio

Página do Nupa no Facebook| Memes e Campanha

Canal de Videos do Nupa no VIMEO

Página do Nupa no Centro Cultural da Juventude

Petição contra a descontinuação do Nupa

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"O Menino e o Mundo" na Mostra de São Paulo

Por srizzo
16/10/13 14:14

Dominado pelas superproduções norte-americanas, o mercado de longas-metragens de animação raramente tem a presença de um filme brasileiro. Quando isso ocorre, temos motivo para comemorar.

Se é assim, nos próximos meses a comemoração será dupla: “Minhocas”, de Paolo Conti e Arthur Nunes, deverá entrar em cartaz em 20 de dezembro, e “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu, está programado para estrear em 17 de janeiro.

Exibido recentemente no Festival do Rio (clique aqui para ler o post que escrevi na ocasião), “O Menino e o Mundo” participará da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que será aberta ao público na próxima sexta-feira.

Confira as sessões:

Dia 18, sexta, 21h – Espaço Itaú Frei Caneca 2

Dia 19, sábado, 16h10 – Cinemateca Brasileira, sala BNDES

Dia 26, sábado, 17h45 – Espaço Itaú Frei Caneca 5

Na janela abaixo, um “teaser” do filme.


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Maísa Zakzuk, "Grease" e o fascínio dos musicais

Por srizzo
14/10/13 12:55

Olivia Newton-John e John Travolta em “Grease – Nos Tempos da Brilhantina”

O blog retoma a série “Cenas de Infância” com um depoimento caprichado de quem resolveu investigar para valer o baú das memórias: Maísa Zakzuk, diretora de TV e autora de livros infantojuvenis.

Seu extenso currículo na televisão inclui um clássico dos anos 1990: “X- Tudo” — que, lembra Maísa no texto abaixo, nasceu de um programa que ela via na infância (e eu também), o “Globinho”.

Além de falar sobre a importância de filmes e programas musicais na sua formação, ela diz algo que vale para todos nós: somos o que lembramos.

Vamos ao depoimento de Maísa:

“Acho que não tem nada da televisão e do cinema que tenha marcado tanto a minha infância ou a minha juventude”, pensei ao ser convidada para escrever sobre este tema pelo jornalista e amigo Sérgio Rizzo.

Enrolei muito para começar a rabiscar sobre o assunto, mas confesso que fiquei feliz com a quantidade de lembranças que puxei da cabeça.

Em princípio, queria falar da dificuldade que tenho em resgatar momentos da TV da época em que eu tinha nove, dez anos (1977, 1978). Não por falta de memória, mas não sei por qual motivo eu não era uma grande telespectadora-mirim. O que seria de rico repertório para uma radialista como eu!

Muito do material exibido nesta época fui acabar vendo como lição de casa da FAAP, onde cursei Rádio e TV, de 1986 a 1989: desenhos como “Corrida Maluca” e “Pica-Pau”, por exemplo.

Paula Saldanha, apresentadora do “Globinho”

Mas é claro que existia uma vida televisiva em casa. Do que se via, eu me lembro bem do programa “Globinho”, apresentado por Paula Saldanha, que foi fonte de inspiração para eu criar o programa de televisão “X-Tudo”, exibido na TV Cultura (1992-2000).

Dava muitas risadas com o programa “Os Trapalhões”, sonhava em participar do programa “Pulmann Jr.”, me emocionava com os personagens do “Vila Sésamo” e, sim, gostava muito dos seriados americanos: “Os Três Patetas”, “A Feiticeira” e “Jeannie É um Gênio” (que até hoje é minha paixão).

Esse resgate de cenas me fez procurar o que eu assistia com a minha irmã e meu irmão mais velhos. Meu irmão Amauri adorava os seriados “Kojak”, “CHIPs” e “Swat”, e minha irmã Milene adorava “As Panteras”. Tinha até me esquecido que a gente separava o que era programa “de menino” e o que era “de menina”.

Como eu era caçula, absorvi o gosto dos dois.

Do cinema, eu me lembro dos primeiros filmes que vi.

“Marcelino, Pão e Vinho” (1955), um filme triste a que assisti com a minha avó num cinema que se chamava Fiametta, no bairro de Pinheiros, na cidade de São Paulo. Também teve a fase dos filmes dos Trapalhões, a que assistíamos em Santos, nas férias de janeiro, no Cine Indaiá. Desses filmes de férias, me lembro também de ter desistido na última hora de ver “Tubarão” (1975). (Nunca vi até hoje; me desculpe, Spielberg.)

Aí, veio a fase do filme musical “Grease” (1978), com John Travolta e Olivia Newton-John. Minha irmã assistiu sete vezes e eu quatro! Tínhamos o LP e brincávamos em casa, imitando o momento “Tell me more, tell me more”. Eu tocava essa música no piano e ela no violão. É bom ressaltar que onde havia música eu ficava hipnotizada.

Barbara Eden e Larry Hagman em “Jeannie É um Gênio”

Na adolescência, fui me apaixonando por programas musicais. Festivais de música como o da Globo, por exemplo, em que a canção “Escrito nas Estrelas” foi interpretada por Tetê Espíndola. Como eu torcia! Como eu cantava! Como eu me emocionava.

A música falava mais alto sempre. Programas de auditório como “Raul Gil”, “Perdidos na Noite” e “Clube do Bolinha”. Já com 16 anos de idade, tinha a minha banda profissional e a nossa “crooner”, Eneida Laís, se inscreveu no “Clube do Bolinha”, concurso de calouros apresentado por Edson Cury, na TV Bandeirantes. Claro que não perdi a oportunidade e semanalmente acompanhava nossa cantora na disputa.

Comecei a freqüentar a emissora de televisão, os estúdios, e não deu outra: nossa cantora venceu o concurso e eu decidi estudar Rádio e Televisão para “trabalhar com música na TV”.

Já formada, apesar de ter me especializado em programas educativos infantojuvenis, tive a oportunidade de dirigir programas e eventos musicais. Por isso, costumo dizer que sou grata ao Bolinha.

Hoje, sou o que eu assisti, o que eu li mas, também, sou o que eu lembro. Meus irmãos, infelizmente, não estão vivos para me ajudar a recordar esses momentos. Para contar um pouco dessas cenas, fiz perguntas para os meus pais, revi vídeos pelo YouTube, mexi nas minhas próprias lembranças que estavam apenas guardadas, mas não esquecidas.

“Tell me more!”

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Quatro sugestões para o fim de semana

Por srizzo
11/10/13 16:59

“Os Contos da Noite”, neste sábado no CineSesc

Dia da Criança que cai no sábado é convite para um fim de semana inteiro de diversão, de preferência no cinema, no teatro, em parques e outros espaços públicos.

Abaixo, quatro sugestões de programas infantis no cinema.

“Corda Bamba” nos cinemas

A primeira adaptação para cinema de um livro de Lygia Bojunga Nunes entrou em cartaz nesta sexta-feira. É a história de uma menina (Bia Goldenstein) que não se lembra do que ocorreu aos pais, equilibristas de circo. Classificação indicativa: livre.

Clique aqui para ler as entrevistas que fiz no blog, com Bia e com seu pai, o diretor Eduardo Goldenstein, e aqui para ver as salas e os horários de exibição.

Sessão tripla no CCBB-SP

Três longas brasileiros infantis serão exibidos em sequência, no domingo, pelo Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo: “Brichos” (2006), “Pequenas Histórias” (2007) e “Eu e Meu Guarda-Chuva” (2009). Classificação indicativa dos três: livre.

Clique aqui para ler o post em que falo dos três filmes, dos horários de exibição e dos ingressos.

“Frankenweenie” no Sesc Vila Mariana

O ciclo Animações Fantásticas, do Sesc Vila Mariana, exibirá no sábado, às 14h45, o longa-metragem de Tim Burton que brinca com a história clássica do Dr. Frankenstein, criada pela escritora inglesa Mary Shelley.

No filme, um menino faz renascer o seu cão, mas a maluca experiência “científica” não sai exatamente como ele planejou. Classificação indicativa: 10 anos.

O Sesc Vila Mariana fica na rua Pelotas, 141, tel. (11) 5080-3000. Entrada gratuita.

Animações no CineSesc

Quatro longas feitos com técnicas diversas de animação foram programados pelo CineSesc no ciclo “O Que É, O Que É? Arte para Crianças”.

No sábado, passam “Os Contos da Noite” (às 11h, em 3D) e “Zarafa” (às 13h).

No domingo, será a vez de “O Reino Gelado” (às 11h) e “Frankenweenie” (às 13h, em 3D).

Classificação indicativa dos três primeiros: livre. “Frankenweenie”, como eu disse acima, é 10 anos. Entrada gratuita.

O CineSesc fica na rua Augusta, 2.075, tel. (11) 3087-0500.

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Domingão infantil no CCBB-SP

Por srizzo
08/10/13 14:33

Marieta Severo em “Pequenas Histórias”, de Helvécio Ratton

No Brasil, o dia das crianças é celebrado em 12 de outubro. Desta vez, cairá num sábado — ótima oportunidade para ir ao cinema ou ao teatro, entre outros passeios.

Mas no domingo também vale comemorar.

O Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, por exemplo, vai oferecer uma sessão especial para crianças no próximo domingo, dia 13. Serão três longas-metragens exibidos em sequência, como parte da programação da mostra Brasil Tela para Todos – Perspectivas Contemporâneas.

A minimaratona foi batizada de “Quer Brincar?” e começará às 14h, com a animação “Brichos” (2006), dirigida por Paulo Munhoz, sobre um trio de amigos adolescentes — um jaguar, um quati e um tamanduá — que se envolve em diversas aventuras.

Por falar em aventura, a sessão das 15h30 exibirá “Eu e Meu Guarda-Chuva” (2009), dirigido por Toni Vanzolini, sobre dois amigos que enfrentam o fantasma de um barão.

O domingão infantil terminará, às 17h, com a sessão de “Pequenas Histórias” (2007), dirigido por Helvécio Ratton, em que Marieta Severo interpreta uma contadora de “causos” — incluindo o do encontro entre Papai Noel e um menino de rua.

O CCBB fica na rua Álvares Penteado, 112, próximo às estações Sé e São Bento do Metrô, tel. (11) 3113-3651. Ingressos: R$ 4 e R$ 2.

Na janela abaixo, os trailers de “Brichos” e de “Eu e Meu Guarda-Chuva”:



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